Walison Veríssimo

Profissionais da rede municipal de educação de Goiânia realizam, na manhã desta quinta-feira (8), uma assembleia com indicativo de greve. O encontro foi convocado pelo Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Goiás (Sintego), que denuncia a falta de propostas concretas por parte da Prefeitura para atender às principais demandas da categoria.

Entre os pontos levantados estão o pagamento do piso nacional do magistério, o reajuste da data-base, a implementação de progressões e titularidades, além da reestruturação do plano de carreira dos servidores administrativos da educação. O sindicato também cobra a convocação de aprovados em concurso e a retomada da gestão democrática nas unidades escolares.

Para a presidente do Sintego, deputada estadual Bia de Lima (PT), as reuniões com a gestão do prefeito Sandro Mabel (União Brasil) têm sido marcadas pela ausência de encaminhamentos efetivos.

Ela também criticou o que chamou de “dois pesos e duas medidas” no cumprimento da lei: “Na hora de cobrar do contribuinte, há penalidades. Mas quando é o poder público que deve cumprir a lei, vem a lamentação.”

A assembleia acontecerá no Cepal do Setor Sul, a partir das 8h, e deve definir os próximos passos da mobilização. O sindicato afirma que apresentará um balanço das conversas com o Paço Municipal para deliberação coletiva.

Procurada, a Secretaria Municipal de Educação (SME) declarou que mantém diálogo constante com os servidores da educação e suas representações sindicais. Segundo a pasta, todas as agendas solicitadas pelo Sintego foram atendidas, e as reivindicações têm sido ouvidas com respeito.

“A SME reitera seu compromisso com a valorização dos profissionais da educação e permanece à disposição para a construção de soluções conjuntas, com responsabilidade fiscal e transparência”, diz a nota.