SÃO PAULO
Depois de 48 pontífices em sequência, Itália viu o polonês João Paulo 2º assumir a Igreja Católica
(FOLHAPRESS) Em 07/05/2025 12h10
No primeiro dia de conclave, nesta quarta-feira (7), os italianos aguardam com ansiedade pela escolha do novo pontífice. Três cardeais compatriotas aparecem na lista dos mais cotados: Pietro Parolin é favorito nas apostas, e Matteo Zuppi e Pierbattista Pizzaballa correm por fora. A expectativa ampliada se deve também ao fato de que a Itália não tem um papa há 47 anos, desde a morte de Albino Luciani, o João Paulo 1º, em 1978, e a ascensão do polonês Karol Wojtyla, João Paulo 2º.
Curiosamente, porém, este hiato foi antecedido por 455 anos ininterruptos em que o Vaticano foi comandando por um italiano. Em 1522, Adriano 6º, nascido em Utrecht (Holanda), iniciou seu breve pontificado, que durou até o ano seguinte. O conclave de 1523 escolheu Clemente 7º, natural de Florença. Contando o próprio Clemente, a Itália emendou uma sequência de mais de quatro séculos e 48 pontífices, algo que jamais havia ocorrido na história da Santa Sé.
O cardeal Giovanni Battista Re, que presidiu a missa de início do conclave, na Basília de São Pedro, no Vaticano Simone Risoluti 7.mai.25/AFP A imagem mostra um grupo de cardeais vestidos com vestes vermelhas e chapéus brancos, caminhando em um ambiente religioso. Ao fundo, há uma decoração elaborada, possivelmente em uma catedral, com detalhes dourados. Alguns dos cardeais estão em foco, enquanto outros estão desfocados, criando uma sensação de profundidade na imagem. **** É difícil estabelecer exatamente o número de papas italianos já que, desde o ano 33, os limites geográficos foram alterados inúmeras vezes. Historicamente, a maior parte dos papas nasceu no Império Romano, no Bizantino e no Sacro Império Romano. Ao estabelecer uma relação a partir dos lugares de nascimento e onde estes estariam localizados nos dias atuais –algo também impreciso, já que territórios únicos foram divididos em um ou mais países–, o número de papas italianos é próximo dos 200. O jornal italiano Il Messaggero crava em 213 pontífices de seu país até hoje –em outras contagens, o número pode chegar a 217, ou ficar em 199.
Lista **** Em sua intensa cobertura sobre o conclave, a imprensa italiana ainda examina os menores movimentos dos cardeais, em busca de pistas que permitam especular sobre os favoritos. O abraço caloroso entre o celebrante da missa da manhã desta quarta (7), cardeal Giovanni Battista Re, e o favorito Parolin, na oração da “paz de Cristo”, deu muito o que falar. “Bem além do simples gesto litúrgico, e grandes sorrisos entre os dois”, comentou o La Repubblica.
Arte HTML5/Folhagráfico/AFP https://www1.folha.uol.com.br/webstories/mundo/2025/02/como-funciona-o-conclave/ ***