SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Uma proposta de cotas para trans e não binários na USP (Universidade de São Paulo) deve ser apresentada até 5 de agosto. O grupo de trabalho responsável pela formulação da política foi criado na segunda (5), com o prazo de 90 dias para concluir seus trabalhos.

Conforme resolução da instituição, é competência do Conselho de Graduação deliberar sobre a regulamentação das formas de ingresso nos cursos de graduação e respectivos processos seletivos. Por isso, a proposta será encaminhada para votação assim que finalizada.

Em 2024, a Pró-Reitoria de Inclusão e Pertencimento recebeu a solicitação para constituir equipe para estudar o tema.

O grupo foi criado com a seguinte composição: um coordenador; um membro do Conselho de Graduação; um membro do Conselho de Pós-Graduação; um membro do Conselho de Inclusão e Pertencimento, além de três estudantes representantes dos coletivos trans da universidade.

A formação do quadro envolveu indicações de diferentes instâncias da USP, o que demandou tempo. Por isso, o início dos trabalhos ocorreu somente em março deste ano. Ao final do período de funcionamento, o grupo deverá apresentar proposta final.

Os alunos da USP devem fazer uma paralisação na quinta-feira (8) exigindo cotas para trans. Junto à Unesp (Universidade Estadual Paulista), a universidade é a única pública sem política do tipo em São Paulo.

Somente neste ano, Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) e UFScar (Universidade Federal de São Carlos) anunciaram a política. Antes, UFABC (Universidade Federal do ABC) e Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) já haviam aprovado a ação afirmativa.