Da Redação

O maior evento popular de Goiás está prestes a começar — e, pela primeira vez, sem que ninguém precise pôr a mão no bolso. A 78ª edição da Exposição Agropecuária de Goiânia promete virar de vez o jogo da cultura na capital: shows gigantes, portões abertos e entrada custando apenas 1 kg de alimento. Mas por trás da gratuidade histórica, há uma engrenagem política, econômica e social funcionando a todo vapor.

Foi na sede da SGPA, em uma coletiva animada, que o prefeito Sandro Mabel, ao lado de figuras como o governador Ronaldo Caiado e o vice Daniel Vilela, deu a largada oficial para a festa. Mabel não poupou palavras: “A cidade estava triste. Hoje, brilha de novo. E a pecuária de portões abertos é símbolo dessa nova Goiânia”. A segurança será reforçada, o trânsito monitorado e a orientação é clara — use transporte coletivo ou por app, para evitar o caos.

Entre os dias 15 e 25 de maio, o Parque de Exposições do Setor Vila Nova vira palco para artistas de peso como Simone Mendes, Wesley Safadão e Amado Batista. Um line-up que, em outros tempos, custaria caro, mas agora pode ser visto mediante a doação simbólica de alimentos. Segundo a organização, a expectativa é de público ultrapassando meio milhão de pessoas.

Mas a festa vai além do entretenimento. “É um motor de economia”, frisou o vice-governador. A estrutura tem o respaldo de todo o aparato de segurança pública estadual e promete movimentar ambulantes, comerciantes, produtores rurais e grandes marcas do agronegócio. O evento, segundo os organizadores, é vitrine para negócios e inovação no campo.

A gratuidade, destaque inédito da edição, foi possível graças a um esforço conjunto: emendas parlamentares, apoio do Executivo e da iniciativa privada. Para Juliano Carrijo, da Bahrem Eventos, a troca do ingresso por alimentos vai muito além do simbólico. “É uma forma de incluir quem nunca pôde participar. Queremos movimentar o pastel, o salgado, o estacionamento e a vizinhança inteira. Essa festa é do povo, e agora é de todos mesmo”, afirmou.

Prepare-se: a pecuária deste ano não é só gratuita — é um manifesto popular com som de viola, cheiro de pamonha e a promessa de marcar história.