Da Redação
O mundo católico prende a respiração. Começa nesta quarta-feira (7/5) o ritual mais enigmático da Igreja: o conclave. Atrás das portas fechadas do Vaticano, 133 cardeais se isolam para decidir quem será o 267º papa. A movimentação começa antes mesmo do sol nascer, às 5h (horário de Brasília), com a missa “Pro Eligendo Romano Pontifice”, celebrada na imponente Basílica de São Pedro — uma liturgia antiga, voltada a pedir inspiração divina para uma das decisões mais esperadas do mundo cristão.
A partir daí, o que se segue é um processo repleto de símbolos e mistérios. Por volta das 14h (de Brasília), sobe a primeira fumaça da chaminé da Capela Sistina. Se for preta, sinal de que nenhum nome obteve os votos necessários. O ritual da fumaça é, por si só, quase um espetáculo químico: as cédulas dos votos são queimadas com substâncias específicas que indicam o resultado — perclorato de potássio, antraceno e enxofre para a fumaça preta; lactose e resina de clorofórmio, para a branca.
Caso a fumaça seja branca, somada ao toque festivo dos sinos, o mundo saberá: temos um novo papa.
Nos dias seguintes, o ritual se repete com possíveis “sinais do céu” em horários bem definidos: 7h e 14h. Mas atenção: se o resultado vier mais cedo, a fumaça branca pode surgir às 5h30 ou 12h30. O cronograma foi divulgado por Matteo Bruni, diretor da sala de imprensa da Santa Sé.
O conclave em si começa para valer às 16h30 (11h30 de Brasília), quando os cardeais entram na Capela Sistina e fazem o juramento solene de silêncio e fidelidade às regras do processo. Só então acontece a primeira rodada de votação.
Para que alguém seja eleito papa, são necessários dois terços dos votos — ou seja, 89 entre os 133 cardeais presentes. Até lá, o mundo aguarda em expectativa… olhando para uma simples chaminé.