SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Meia boliviano do Santos, emprestado ao América-MG, Miguelito é titular da seleção nacional e tem sido destaque da equipe mineira. O atleta foi preso em flagrante no último domingo acusado de racismo, liberado nesta segunda pelo MP do Paraná.

Camisa 7 do Coelho, Miguelito chegou ao Santos com 14 anos, em 2018. O atleta chegou ao alvinegro praiano através de um acordo, nomeado como Projeto Bolívia 2022, que buscava evoluir o futebol boliviano. O atacante Enzo Monteiro e o zagueiro Leonardo Zabala também chegaram ao Peixe graças à ideia.

Apesar de ter tido poucas oportunidades de atuar no Santos, Miguelito rapidamente se tornou titular no América e na seleção nacional. O jogador foi emprestado ao elenco mineiro justamente para conseguir crescer como atleta e se desenvolver dentro dos gramados.

Pela seleção da Bolívia, o atleta é destaque. O meio-campista chegou a marcar em três partidas seguidas, nas vitórias sobre Venezuela, Chile e Colômbia, entre setembro e outubro do ano passado. Miguelito passou em branco nas goleadas sofridas por Argentina e Equador, mas voltou a anotar no empate contra o Paraguai, em novembro, e na derrota para o Peru, em março deste ano.

Durante passagem pelo Santos, o meia enfrentou problemas familiares e físicos, criticado por Giuliano, capitão do Peixe na época.

ACUSADO DE INJÚRIA RACIAL

A carreira do meia foi interrompida no último domingo, após ter sido acusado e preso por racismo. Miguelito foi detido em flagrante por caso ocorrido no confronto contra o Operário, pela Série B do Brasileirão.

A vítima foi o atacante Allano, que relatou ter sido chamado de “negro cagão” pelo boliviano. Miguelito passou a noite detido em Ponta Grossa, no Paraná, e foi liberado pelo Ministério Público nesta segunda, como apurou o UOL.

O meia deve retornar em breve a Minas Gerais, já liberado para seguir treinando com o América-MG.