SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O escritor americano Percival Everett foi premiado, nesta segunda-feira (5), com o Pulitizer de ficção pelo romance “James”. A obra reimagina a história de Huckleberry Finn, clássico de Mark Twain, a partir da perspectiva do personagem escravizado Jim.
A obra chegará ao Brasil pela Todavia e está em pré-venda. No ano passado, a casa também publicou “As Árvores”, de Everett.
Já o prêmio na categoria de poesia foi para “New and Selected Poems”, da americana Marie Howe, uma coletânea que repassam quatro décadas de poemas dedicados à vida cotidiana.
Dentre os outros prêmios Pulitzer da categoria de artes e letras, a peça “Purpose”, de Branden Jacobs-Jenkins, foi reconhecida como melhor dramaturgia. O espetáculo mostra um acerto de contas numa importante família negra ligada ao movimento pelos direitos civis.
O Pulitzer também laureou a biografia “Every Living Thing: The Great and Deadly Race to Know All Life”, escrita por Jason Roberts, a respeito dos cientistas Carl Linnaeus e Georges-Louis de Buffon, do século 18. O prêmio de autobiografia ficou para “Feeding Ghosts: A Graphic Memoir”, de Tessa Hulls, onde a autora revisita três gerações da sua família, de ascendência chinesa.
“To the Success of Our Hopeless Cause: The Many Lives of the Soviet Dissident Movement”, de Benjamin Nathans, recebeu o prêmio geral de não ficção.
O prêmio de história foi concedido a “Native Nations: A Millennium in North America”, de Kathleen DuVal, e “Combee: Harriet Tubman, the Combahee River Raid, and Black Freedom during the Civil War,”, de Edda L. Fields-Black.
Já “Sky Islands”, de Susie Ibarra, recebeu o prêmio na categoria de música. A composição, inspirada nas florestas tropicais de Luzon, nas Filipinas, teve sua estreia em julho do ano passado, na Asia Society, em Nova York.