RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu no sábado (3) 16 pessoas suspeitas de integrar uma quadrilha especializada em furto, desbloqueio e revenda de celulares roubados. A ação foi deflagrada no dia do show da cantora Lady Gaga em Copacabana, que atraiu milhares de pessoas à orla da zona sul carioca.

Segundo a investigação, os presos se preparavam para cometer furtos durante o evento, mas tiveram o plano frustrado. O grupo já era monitorado há 45 dias por agentes da Delegacia de Repressão aos Crimes contra a Propriedade Imaterial, que identificaram a estrutura montada para a prática dos crimes.

De acordo com a Polícia Civil, os suspeitos mantinham um ponto fixo na região da Uruguaiana, no centro do Rio, e operavam um esquema de receptação que funcionava em regime de plantão 24 horas. A quadrilha contava com um espaço equipado com notebooks, máquinas de cartão e softwares utilizados para desbloquear os aparelhos roubados.

Durante a operação, os policiais apreenderam cerca de 200 celulares, peças de reposição, seis computadores portáteis, máquinas de cartão de crédito e um caderno com anotações financeiras, que detalhava o fluxo de caixa do grupo.

Entre os presos estão quatro homens apontados como os chefes da organização criminosa. Eles seriam responsáveis pela distribuição dos aparelhos no mercado paralelo, segundo a polícia. Os nomes dos suspeitos não foram divulgados.

O secretário de Polícia Civil do Rio, delegado Felipe Curi, afirmou que os criminosos não apenas revendiam os aparelhos, como também acessavam aplicativos bancários das vítimas. “Além do prejuízo da subtração dos celulares, a quadrilha tinha acesso aos aplicativos, onde conseguiam fazer Pix em contas de laranjas”, disse.

Por isso, os investigados também devem responder por fraude bancária, além de receptação e furto. A corporação afirma que a investigação continua para identificar outros envolvidos e desarticular completamente o esquema.

Curi classificou os presos como “os maiores receptadores de celulares roubados do estado”. O delegado disse ainda que a Operação Rastreio será permanente e ocorrerá em diferentes regiões do Rio, especialmente em datas de grande movimentação.

“Durante o show, foi percebida uma movimentação na região com muitas pessoas com aparelhos roubados para serem vendidos. Esta foi apenas a primeira ação desta operação, que será constante em todo o estado”, afirmou o secretário.