Da Redação

Jorge Jesus está novamente livre no mercado. O treinador português de 70 anos foi desligado do comando do Al-Hilal, da Arábia Saudita, após a eliminação do clube na semifinal da Liga dos Campeões da Ásia, ao perder por 3 a 1 para o rival local Al-Ahli. A saída foi noticiada nesta quinta-feira (2) pelo jornal esportivo Al-Riyadh, conhecido por sua cobertura do futebol saudita.

Contratado em julho de 2023, Jesus teve uma passagem vitoriosa: conquistou três títulos, entre eles o Campeonato Saudita. No entanto, a queda na principal competição continental da temporada, considerada prioridade absoluta pela diretoria, selou seu destino.

Essa não foi a primeira passagem de Jorge Jesus pelo Al-Hilal — ele já havia comandado a equipe entre 2018 e 2019, antes de assumir o Flamengo e viver um dos momentos mais emblemáticos da sua carreira, conquistando o Brasileirão e a Copa Libertadores.

Com a saída de Dorival Júnior do comando da Seleção Brasileira, o nome de Jorge Jesus volta a ganhar força nos bastidores da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), embora haja entraves. Um deles é a relação estremecida com Neymar: após o atacante deixar o Al-Hilal, Jesus declarou que o camisa 10 da Seleção não tinha condições físicas de acompanhar a intensidade do elenco, o que teria causado desconforto entre os dois.

A CBF, no entanto, ainda tem como plano A o italiano Carlo Ancelotti. O atual técnico do Real Madrid já teria sinalizado à entidade que só poderá tratar de qualquer acordo após o encerramento da temporada europeia, em junho. Se a negociação com Ancelotti não evoluir, Jorge Jesus pode surgir como opção imediata para assumir a equipe já nos próximos compromissos das Eliminatórias da Copa do Mundo, contra Equador e Paraguai.

O prazo para a entrega da pré-lista à Fifa termina em 18 de maio, e os convocados finais devem ser definidos até o dia 26. Caso o novo técnico não seja anunciado até lá, o coordenador Rodrigo Caetano e o gerente técnico Juan devem assumir a responsabilidade da convocação.