Da Redação
Mesmo com menos notificações recentes, Goiás registra aumento no número de mortes por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em 2025, segundo boletim da Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO). Entre janeiro e abril, foram 178 óbitos em 3.218 casos — uma taxa maior que a do mesmo período de 2024, quando 259 mortes foram registradas entre 2.726 casos.
Preocupada com o avanço da letalidade, a SES reforça a importância da vacinação contra a gripe, uma das principais causas da SRAG. A imunização está disponível em mais de 900 salas de vacina nos 246 municípios goianos, mas a adesão ainda é baixa: apenas 48,67% do público-alvo foi vacinado até agora, enquanto a meta é de 90%. A média nacional também está aquém do ideal, com 55,19%.
A vacina aplicada é trivalente, protegendo contra os vírus H1N1, H3N2 e Influenza B. Até o momento, Goiás recebeu 672 mil doses e deve receber mais de 2,8 milhões ao longo da campanha, segundo o Ministério da Saúde.
Além da vacina, a Secretaria orienta medidas preventivas simples, mas eficazes: uso de máscara em caso de sintomas, evitar aglomerações, lavar as mãos com frequência e procurar atendimento médico ao menor sinal de agravamento, como febre persistente, tosse forte, dificuldade para respirar e cansaço extremo.
Entenda o que é a SRAG
A SRAG é uma infecção respiratória grave, causada por vírus como o da gripe, o coronavírus e o vírus sincicial respiratório. Pode afetar pessoas de qualquer idade, mas é especialmente perigosa para crianças pequenas, idosos, gestantes e pessoas com doenças crônicas. Os sinais de alerta incluem queda da oxigenação, esforço respiratório e piora rápida do estado geral. Em crianças, sintomas como batimento de asas nasais e desidratação devem ser levados com seriedade.
Por ser uma doença com potencial de surtos e impacto em saúde pública, a SRAG é de notificação obrigatória. Monitorar os casos é fundamental para agir rapidamente e evitar novos óbitos.