A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou, na quarta-feira (30/4), a nova suspensão da venda do creme dental Colgate Total Clean Mint em todo o Brasil. A medida restabelece a interdição cautelar anunciada em março, que havia sido temporariamente revogada devido a um recurso apresentado pela própria fabricante. No entanto, com a retirada voluntária desse recurso, a proibição volta a valer até que as investigações sejam concluídas.
De acordo com a Anvisa, a empresa Colgate-Palmolive comunicou oficialmente a decisão de abrir mão do recurso administrativo no dia 29 de abril. Isso resultou na reativação imediata da medida que impede a distribuição e comercialização do produto no país.
O caso ganhou notoriedade após diversos consumidores relatarem efeitos adversos associados ao uso da pasta, como feridas na boca, inflamações gengivais, sensação de ardência e inchaços — alguns deles severos o bastante para prejudicar a alimentação. A principal suspeita é uma alteração recente na composição do produto: a substituição do fluoreto de sódio por fluoreto de estanho, que pode estar relacionada às reações observadas.
A dentista Anna Karolina Ximenes, da clínica IGM Odontologia para Família, recomenda atenção ao surgimento de sintomas incomuns. “Se notar queimação, feridas ou qualquer tipo de desconforto bucal, o ideal é interromper o uso da pasta. Na maioria dos casos, os sintomas desaparecem após a suspensão”, orienta.
Colgate se manifesta sobre o caso
Em nota oficial, a Colgate afirmou ter solicitado a retirada do recurso no dia 29 de abril, ação que reativa automaticamente a proibição. A companhia reforça que está cooperando com as autoridades e reitera que o produto segue os padrões exigidos pelos órgãos reguladores.