SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O Osasco venceu a Superliga feminina de vôlei após 13 anos, conquistando seu sexto campeonato.

Em final disputada nesta quinta (1º), no ginásio do Ibirapuera, em São Paulo, a equipe venceu o Sesi Bauru por 3 sets a 1, com parciais de 26/24, 19/25, 28/26 e 25/20.

O título osasquense também marca a primeira Superliga vencida por Tifanny Abreu, aos 40 anos. Ela é a primeira e por enquanto única atleta trans a jogar a elite do voleibol brasileiro.

Agora, Osasco é o segundo maior vencedor da competição, ao lado do Minas. O Sesc RJ/Flamengo lidera, com 12 troféus.

A última vez em que o time da Grande São Paulo havia vencido a liga foi na temporada 2011/2012, também no Ibirapuera. Naquela ocasião, duas jogadores do atual elenco estavam presentes, além do técnico Luizomar de Moura: a ponteira Natália e a líbero Camila Brait. Natália foi eleita melhor jogadora da competição, enquanto Camila Brait foi considerada a melhor da final.

A partida

O primeiro set foi um duelo entre a defesa de Osasco e o ataque do Sesi. Guiado pela líbero Camila Brait, o time da Grande São Paulo começou subindo todas as bolas e efetivando seus contragolpes, conseguindo abrir 5 a 1. Foi quando Henrique Modonesi, técnico bauruense, pediu tempo.

A eficiência da equipe do Sesi até melhorou, mas o saque não surtia efeito na sólida linha de recepção da equipe osasquense. Só no fim da parcial, Dani Lins conseguiu fazer um ace e deixar tudo igual em 22 pontos. Depois, veio a virada em 24 a 23. Osasco, porém, conseguiu retomar a liderança e fechar em 26 a 24 com um ataque de Tiffany.

O ritmo da segunda parcial foi ditado pelas ponteiras do Sesi, Kasiely e Acosta. Num bloqueio da venezuelana, o time abriu 8 a 5, obrigando o técnico de Osasco a pedir um tempo. A equipe até reagiu, colando no placar em 11 a 12.

Porém, cometendo uma sequência de erros de ataque e sacando em Kasiely, uma das passadoras mais consistentes da competição, viu Dani Lins acionar Acosta da rede e do fundo para fechar o set em 25 a 19.

O terceiro set foi pura inconsistência. A equipe osasquense começou abrindo 5 a 0. O Sesi empatou em 9 pontos. Daí em diante, houve uma sucessão de instabilidades. Um time abria alguma vantagem, o outro virava.

Os ataques caíram de rendimento. Pelo Osasco, alguns erros da ponteira Natália atrapalharam. Pelo lado do Sesi, a oposto Bruna Moraes recebeu muitas bolas, mas colocou poucas no chão. No fim, o time de Luizomar encaixou um bloqueio para fechar em 28 a 26.

A torcida do Osasco sentiu que as jogadoras entraram no quarto set decididas a agarrar o campeonato. As arquibancadas do Ibirapuera viraram um caldeirão que lembrava o ginásio José Liberatti, casa da equipe na Grande São Paulo.

Tifanny assumiu a responsabilidade pela virada de bola. O passe, comandado pela ponteira Mayra e Camila Brait foi firme. O bloqueio também funcionou.

O Sesi sentiu. Atrás desde o início da parcial, a equipe não conseguiu buscar a recuperação no placar, com Osasco fechando o set em 25 a 20 para ficar com a taça de campeão.