Walison Veríssimo

Apresentado nesta semana na Câmara dos Deputados, o Projeto de Lei 1932/2025, do deputado federal Daniel Agrobom (PL-GO), propõe que os uniformes da Seleção Brasileira de Futebol, em todas as categorias, sejam limitados às cores da bandeira nacional: verde, amarelo, azul e branco. O objetivo, segundo o autor, é evitar que a identidade visual da Seleção seja descaracterizada por modelos que rompem com a tradição, como camisas pretas, cinzas e, agora, vermelhas.

O texto estabelece que a regra valerá para todas as seleções nacionais, incluindo as equipes de base, femininas, paralímpicas e amadoras. O projeto ainda veda o uso de paletas que descaracterizem a representação simbólica do país, e determina que a padronização cromática do uniforme deverá respeitar a tradição histórica da “amarelinha”, consagrada a partir de 1954.

A proposta surgiu após o site Footy Headlines divulgar que a Seleção poderá utilizar uma camisa vermelha como segundo uniforme na Copa do Mundo de 2026. Segundo a publicação, a Nike estaria desenvolvendo um modelo com base vermelha vibrante e logotipo da Jordan, em substituição ao tradicional símbolo da marca. O lançamento estaria previsto para março do próximo ano.

Para que uniformes alternativos possam ser usados, o projeto de lei exige que eles tenham caráter exclusivamente comemorativo ou beneficente e sejam autorizados por ato conjunto do Ministério do Esporte e do Itamaraty, mediante consulta ao Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro.

O projeto ainda prevê sanções em caso de descumprimento, com advertência e, em caso de reincidência, multa revertida ao Fundo Nacional de Desenvolvimento do Esporte.

Em resposta aos rumores, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) divulgou nota esclarecendo que não houve divulgação oficial da nova linha de uniformes. A entidade também reafirmou o compromisso com o estatuto vigente, que mantém as cores amarelo e azul como padrões tradicionais da Seleção. A definição da nova coleção será feita em conjunto com a Nike.