Da Redação

Com o objetivo de ampliar o conhecimento da população sobre o herpes-zóster — popularmente conhecido como cobreiro —, a deputada federal Delegada Adriana Accorsi (PT-GO) apresentou um projeto de lei na Câmara dos Deputados que propõe a criação do Dia Nacional de Conscientização sobre a doença.

A iniciativa foi anunciada nesta segunda-feira (28/4), e surge como parte de um esforço mais amplo da parlamentar em torno da prevenção e do tratamento da enfermidade, que ainda é pouco discutida, apesar de seus efeitos potencialmente debilitantes, como paralisia facial, surdez e até comprometimentos neurológicos.

Vacina no SUS: um avanço em construção

Adriana também comemorou o avanço de outra pauta importante: a incorporação da vacina contra o herpes-zóster ao Sistema Único de Saúde (SUS). Segundo a deputada, o processo foi iniciado após sua solicitação direta ao ministro da Saúde, Alexandre Padilha, durante uma reunião realizada em agosto do ano passado. Atualmente, o imunizante só está disponível na rede privada e pode custar até R$ 2 mil pelas duas doses.

“É uma conquista coletiva. Agradeço ao ministro Padilha por acolher esse pedido e ao presidente Lula por autorizar o início do processo. Com isso, esperamos garantir acesso gratuito à vacina para quem realmente precisa”, afirmou Adriana.

Experiência pessoal impulsionou a causa

A luta da deputada é também pessoal. Em março deste ano, ela foi internada por cinco dias após sofrer uma manifestação severa da doença na região da cabeça. A vivência direta com as dores e os riscos associados ao herpes-zóster motivou ainda mais a criação do projeto de lei.

Informação salva vidas

O principal objetivo da proposta legislativa é alertar a população sobre os riscos da doença, formas de transmissão, sintomas e, principalmente, os caminhos para a prevenção — com destaque para a importância da vacinação.

“Quando a informação chega à população de forma clara, as pessoas procuram atendimento mais cedo e evitam complicações graves. Mas, acima de tudo, é preciso garantir acesso à vacina. Isso é uma questão de saúde pública”, defende Adriana.