RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – Camila Pitanga, 47, sorri ao ser lembrada do sucesso de Lola em “Beleza Fatal”, da Max. Brinca com um dos bordões da vilã da primeira novela do serviço de streaming (“não basta o Brasil em harmonia, eu quero o Brasil harmonizado”), mas afirma estar agora focada na trama de Ellen, sua personagem em “Dona de Mim”.

“A Ellen é de outro universo, outra constelação”, diz sobre a personagem, que morre logo nos primeiros capítulos do novo folhetim das 19h da Globo, cuja estreia ocorre nesta segunda-feira (28). “É muito bom poder fazer mergulhos tão diversos na profissão, sabe? E essa é a magnitude do trabalho de atriz: encarar novos desafios e aí começar tudo de novo”

Camila, que continuará aparecendo em flashbacks, conta ter chorado ao ler os primeiros capítulos da novela. “O texto da Rosane [Svartman, a autora] traz debates sobre temas que são muito relevantes na nossa sociedade. Tudo é muito sensível.”

Na trama, Ellen é uma mulher que enfrenta um câncer terminal e toma uma decisão que mudará o destino de sua filha recém-nascida, Sofia (Elis Cabral). Ela entrega a menina para Abel (Tony Ramos) cuidar.

No passado, ela trabalhava na fábrica de lingeries Boaz e salvou o então patrão de se atirar do alto de um prédio —o que fez com que ele prometesse ajudá-la quando precisasse. “Ela batalha com todas as forças pela vida e, ao descobrir o câncer de colo de útero, sua jornada muda tragicamente”, antecipa a atriz.

Na preparação para a personagem, Camila visitou ao Inca (Instituto Nacional de Câncer), onde conversou com médicas, psicólogas e pacientes. “Foi determinante para entender o estado físico e emocional de quem passa por isso. Algo que apareceu muito nessas conversas foi a fé. O grande norte, o grande eixo de cura para essas mulheres é a fé”, lembra.

Conscientizada sobre o tema, ela faz um alerta. “É muito importante lembrar as mulheres de irem ao ginecologista uma vez por ano, fazer o preventivo. Não esperar ficar doente para se cuidar”, comenta. “Outra coisa, a vacina HPV está aí! O SUS disponibiliza ela a partir dos 13 anos. A vacina reduz em até 90% o risco de câncer de colo de útero.”

“Viva o SUS!”, completa. “A gente precisa abraçar o SUS, não brigar com ele.”