SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal), negou que o caso que levou à prisão do ex-presidente Fernando Collor seja um sinal a Jair Bolsonaro (PL). A declaração foi dada nesta segunda-feira (28) a jornalistas após palestra do magistrado em São Paulo.

“Não vejo assim. Cada caso tem suas peculiaridades e suas singularidades. Não acho que devamos tirar daqui qualquer outra conclusão”, afirmou depois de ser questionado sobre se o julgamento de Collor poderia ser visto como um precedente ou uma sinalização do tribunal.

Nesta segunda, o Supremo retomou o julgamento do referendo da decisão do ministro Alexandre de Moraes que levou à prisão de Collor.

Na última sexta-feira (25), quando houve a primeira parte da sessão de julgamento, Gilmar suspendeu os debates com um pedido de destaque, mecanismo que leva uma discussão do plenário virtual para o físico.

Outros ministros, no entanto, anteciparam os votos no sentido de acompanhar o relator, Alexandre de Moraes, para manter a decisão. No fim de semana, Gilmar cancelou o pedido de destaque.

Collor foi detido na última sexta em Alagoas para cumprir pena de oito anos e dez meses de prisão relativa a condenação por corrupção e lavagem de dinheiro. O julgamento do mérito do processo havia ocorrido em 2023, e o ex-presidente aguardava em liberdade o esgotamento dos recursos.