SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Os resultados das autópsias de Gene Hackman e sua mulher, Betsy Arakawa, foram divulgados nesta semana, dois meses após os dois terem sido encontrados mortos em sua casa em Santa Fe, no Novo México, nos Estados Unidos, junto a seus cães.
Acredita-se que Arakawa morreu uma semana antes de Hackman, por causa de uma síndrome pulmonar causada pelo hantavírus, doença rara transmitida por roedores que, indicam as evidências, infestavam sua casa. Já o ator morreu por consequência de seus problemas cardíacos. Há também sinais de que ele estava há dias em jejum.
A data da morte dela, 12 de fevereiro, foi estimada a partir de sua última correspondência por telefone ou e-mail, enquanto a dele foi determinada pela última atividade registrada em seu marcapasso biventricular, dispositivo responsável por sincronizar os batimentos dos dois lados do coração.
O relatório, obtido pelo jornal portal conservador americano Fox News Digital, indica que o ator havia passado por uma série de procedimentos no coração para contornar uma saúde já debilitada.
Ele tinha uma doença cardiovascular aterosclerótica em que se formam placas de gordura e de outros elementos nas artérias do coração e hipertensiva grave. Havia inserido stents nas artérias coronárias tubos para mantê-las abertas e um enxerto de bypass quando se cria uma nova via de irrigação sanguínea para contornar uma artéria obstruída, além de uma substituição da válvula aórtica.
“Infartos do miocárdio antigos estavam presentes, envolvendo a parede livre do ventrículo esquerdo e o septo, que eram significativamente grandes. O exame do cérebro mostrou sinais de doença de Alzheimer em estágio avançado”, continua o documento, que ainda aponta um histórico de insuficiência cardíaca congestiva, alterações hipertensivas crônicas graves nos rins e características neurodegenerativas que podem sinalizar Alzheimer.
O relatório entende que é possível que Hackman não tenha percebido a morte de sua mulher por causa doe estado avançado de sua demência.
Investigações iniciais já haviam descartado morte por envenenamento por monóxido de carbono.