SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – A Starlink, empresa de banda larga via satélite do bilionário Elon Musk, começou a vender no Brasil sua antena portátil de internet.
Empresa diz que Starlink Mini é voltada para quem precisa de internet em viagens ou mora em lugares remotos. O kit, pensado para caber em uma mochila, inclui um roteador Wi-Fi e a placa Starlink, que deve estar apontada para o céu para se conectar a um satélite em órbita.
Preço é de R$ 1.799 e pode ser parcelado em 12 vezes. O modelo de antena padrão, que é maior e oferece velocidades mais rápidas, custa R$ 2.400 pelo site da Starlink.
Antena portátil é do tamanho de um notebook e dá suporte para velocidade de internet de mais de 100 Mbps. A Starlink também diz que o produto consome menos energia e pesa apenas 900 gramas.
Além da antena, usuário deve pagar plano mensal para acessar internet. O mais barato é o Viagem, que oferece 50GB, que custa R$ 315 por mês.
Lançamento acontece após Anatel (Agência Nacional das Telecomunicações) autorizar a expansão da Starlink. Agora, a empresa pode colocar mais 7.500 satélites sobre o Brasil para fornecer internet banda larga e operar em novas frequências.
Líder no Brasil no fornecimento de internet por satélite, a Starlink quer expandir a prestação do serviço no país. Por aqui, eles têm 335 mil clientes, o que equivale a 60% do mercado de internet por satélite.
O QUE A STARLINK TEM DE DIFERENTE?
A Starlink fornece internet banda larga a partir de uma rede de satélites em órbita baixa. Em média, eles operam a uma distância de cerca de 550 km da superfície da Terra.
Na prática, os satélites não estão “tão longe” da Terra. Isso permite que a empresa de Musk ofereça conexão de alta velocidade, baixa latência (o sinal “bate e volta” nos satélites, em milissegundos) e em áreas não cobertas por cobertura cabeada.
Em média, a velocidade de banda larga da Starlink chega a 77,5 Mbps (megabits por segundo), segundo levantamento do site Minha Conexão. A velocidade é baixa comparada com serviços de banda larga faixa, que ultrapassam fácil os 100 Mbps, porém o serviço tem sido visto como uma boa alternativa para áreas sem infraestrutura cabeada.
Outras concorrentes no Brasil, como ViaSat e HughesNet, por exemplo, fornecem internet com satélites geoestacionários. Eles ficam a dezenas de milhares de km da superfície da Terra. Isso faz com que eles tenham maior abrangência, maior latência e menor velocidade (geralmente variando de 10 Mbps a 50 Mbps).
Fora a Starlink, a Amazon tem planos de fornecer, em breve, serviço semelhante por meio do Project Kuiper. A companhia já tem licença da Anatel para a operação, e deve lançar e ativar os seus primeiros satélites nos próximos dias.