SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Vera Fischer, 73, foi a primeira convidada do Pode Perguntar, novo quadro do Fantástico (Globo), onde um famoso é entrevistado por uma plateia composta por 29 pessoas com Transtorno do Espectro Autista.

O QUE VERA FISCHER DISSE

Sexo aos 70. “Eu tô com 73 anos, sabe como eu faço sexo: eu comigo mesma. Já ouviu falar em masturbação? É ótimo. Uma terapia maravilhosa. Você não precisa do outro. Gosto muito de saber de mim, de gostar de mim.”

Por que não ganhou o Miss Universo. “Eu acho que tinha mulheres muito lindas. E é o seguinte: em 1968, quem ganhou foi uma brasileira e eles nunca dão dois anos seguidos. Mas eu realmente não merecia ganhar. Eu quis ser miss pra sair de casa. Não era pra ser miss bonita.”

Pai com pensamento nazista. “Meu pai veio pro Brasil na época da Segunda Guerra. Ele sentiu que a Alemanha estava um caos. Ele dizia que o Hitler fazia discursos que a Alemanha ia ser maravilhosa. Meu pai acreditou naqueles discursos horrorosos. Ele tentou me fazer aquele livro do Hitler. Eu falei: ‘negativo’.”

Lidar com haters: “Não tive celular até 2020. No começo, tinha muita coisa de hater. Fiquei estigmatizada durante muito tempo. Mas agora eu tenho uns fã-clubes que me tratam com tanto carinho, como se eu tivesse vivendo uma diferente de ter que suportar aquela dor de ódios antigos.”

Uso de drogas. “Olha fomos muito felizes [ela e Felipe Camargo], viu? É que tem casamentos que acabam e sim eu me envolvi com droga sim. Quem já não se envolveu com outras coisas? (…) Não foi tão brabo assim. A cocaína dá um poder pra pessoa. A pessoa se sente muito poderosa. Eu nunca precisaria disso.”

Casamento com Felipe Camargo. “Trabalhei com tantos atores e nunca tinha me apaixonado antes. Mas ali estávamos vivendo uma tragédia grega. Não sei se dentro de mim existe a louca que se apaixona por que não pode. Mas fui pra vida real viver essa história. (…) Mas a gente teve muitas brigas por ciúme, incompreensão e também imaturidade, né? Mas foi um casamento bacana enquanto durou. Eu tive o meu filho, Gabriel, que é a coisa mais doce desse mundo.”

Ato de gentileza que fizeram por ela: “Vem dos meus dois filhos. Minha filha na época que eu me drogava ficou muito mal, muito preocupada. Ela armou um esquema de me mandar pra Argentina pra ser internada num lugar onde as pessoas aqui não pudessem interferir. Fui muito bem tratada lá. E meu filho fez um bilhete quando estava no primário, dizendo pra ficar linda, trabalhando e bonita de coração. Isso tenho emoldurado. Foram dois gestos muito simbólicos e muito lindos.”

Símbolo sexual e endeusamento. “Nunca me fez bem o endeusamento. Depois eu descobri que começaram a me chamar de deusa por causa da música Rosana. Quando eu fazia a Jocasta [em Mandala], eu descia da escadaria e tocava a música.”