SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – O velório de Lúcia Alves será neste sábado (26), das 10h às 14h, no Cemitério São João Batista, no Rio de Janeiro. A atriz morreu nesta quinta-feira (24), aos 76 anos.
A informação foi divulgada pela também atriz Carla Daniel. A cerimônia de despedida acontecerá na sala 1.
A Casa de Saúde São José confirmou a morte da atriz na tarde desta quinta-feira. A paciente estava internada no Centro de Terapia Intensiva (CTI) desde o dia 14 de abril.
Atriz tinha câncer no pâncreas. Ela também era diagnosticada com diabetes e apresentava um quadro de fascite plantar, inflamação do tecido que liga o calcanhar aos dedos dos pés.
QUEM FOI LÚCIA ALVES
Filha do bancário Almir Alves da Silva e da psicóloga Edy Pinheiro Alves, a primeira vontade de Lúcia era seguir a carreira da mãe e dirigir uma escola para crianças com síndrome de Down. Anos mais tarde, a atriz carioca se formaria, no entanto, em fonoaudiologia.
Lúcia estreou na televisão na novela “Enquanto Houver Estrelas”, da TV Tupi, em 1969. No mesmo ano, entrou na TV Globo para interpretar Geralda no folhetim “Verão Vermelho”.
No ano seguinte, participaria de um dos seus maiores sucessos, a novela “Irmãos Coragem”, de Janete Clair, como Índia Potira. Ao longo de 60 anos de carreira, Lúcia se mostrou uma atriz versátil e se destacou em papéis divertidos.
Em sua trajetória, passou por títulos na telinha, como “Bicho do mato” (1972), “Carinhoso (1973), “Helena” (1975), “Nina” (1977), “Eu prometo” (1983), “Partido alto” (1984), “Ti Ti Ti” (1985), “Barriga de aluguel” (1990), “Mulher” (1998), “O Cravo e a Rosa” (2000) e “Sob Nova Direção” (2004-2007). O trabalho mais recente na Globo foi uma participação em “Joia Rara”, em 2013.
Fora da Globo, trabalhou em novelas da Manchete, Record e SBT. Seu último trabalho na TV foi em “República do Peru” (2015), um seriado da TV Brasil. Nas telonas, esteve no elenco de “Lua Cheia” (1989), “Bendito Fruto” (2004) e outros títulos.
Estava afastada da TV desde 2015 e dispensava retorno às telinhas. Em março deste ano, quando a novela “Helena” (Globo, 1975) foi disponibilizada no Globoplay, Lúcia deu uma entrevista ao jornal O Globo e afirmou não ter mais vontade de atuar em novelas.
nesta sexta-feira (25) é muita decoreba. Não tem nenhum texto de televisão que vale a pena. Todo artista tem o seu auge. E depois que passa o auge, começa a se repetir um pouco. Aí perde um pouco da magia. Lúcia Alves
TRATAMENTO
Atriz de “O Cravo e a Rosa” (Globo) detalhou desafios do tratamento contra o câncer no início deste ano. “Uma vez por semana vou ao hospital fazer quimioterapia. Aí fico cansada no dia seguinte, mas depois normaliza. Meu médico é de muita confiança e o tratamento já esteve mais leve. Agora acho que vai ficar mais puxado um pouco. É aquela coisa do câncer, manutenção para a vida toda”, disse em entrevista ao Globo.
Ela contou como lida com a doença. “A melhor coisa é aceitação. Quando você compreende isso e aceita as coisas, tudo se modifica e fica melhor. Aceito a vida com as limitações que ela traz nesta sexta-feira (25) em dia. Mas ainda tomo minha cervejinha (…). Bebo muito menos, quase nada. E não atrapalha meu tratamento.”