SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Lançado durante o Festival de Sundance de 2022, o documentário “Nothing Compares” retraça a árdua trajetória de Sinead O’Connor, que morreu aos 56 anos nesta quarta-feira (26). A diretora Kathryn Ferguson registra a vida da cantora e compositora irlandesa através de lentes feministas.
O filme, ainda inédito no Brasil, acompanha a breve ascensão da cantora nos anos 1990, em seus 23 anos, e seu posterior exílio da cena da música pop. Resgata ainda a infância de Sinead, que sofreu abusos físicos e sexuais de sua mãe -a cantora já disse em entrevistas que ela tinha uma “câmara de tortura” em casa, para castigar os filhos, e que ela sentia prazer em causar dor nos outros.
O documentário também lembra do episódio em que Sinead se indispôs com o Vaticano. No programa Saturday Night Life, em 1992, rasgou as fotos do papa João Paulo 2º para chamar atenção para as denúncias de abuso sexual contra membros na sede da Igreja Católica.
“Não me arrependo de fazer isso. Foi brilhante, mas também muito traumatizante. Foi a abertura da temporada de caça. As pessoas me trataram como uma vadia louca”, comentou a cantora em uma entrevista.