SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – A CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) lamentou a morte do Papa Francisco, aos 88 anos, na manhã desta segunda-feira (21). O Vaticano não divulgou a causa da morte.
A CNBB exaltou o Papa Francisco em nota. “Ele nos ensinou a viver os valores do Evangelho com fidelidade, coragem e amor universal, especialmente em favor dos mais pobres e marginalizados”.
“Com imensa gratidão por seu exemplo como verdadeiro discípulo do Senhor Jesus, recomendamos a alma do Papa Francisco ao infinito amor misericordioso do Deus Trino”, afirma trecho da nota da CNBB.
Neste domingo (20), o papa apareceu para dar a bênção aos fiéis na Praça de São Pedro, no Vaticano. Ele se movimentava em uma cadeira de rodas e acenou da varanda após o fim da celebração da missa. Um assessor leu a mensagem “urbi et orbi” (para a cidade de Roma e para o mundo) por ele.
Jorge Mario Bergoglio, primeiro pontífice latino-americano, morreu aos 88 anos. Ele se recuperava de uma pneumonia dupla, que o deixou 37 dias no hospital, entre fevereiro e março deste ano.
ÚLTIMA MENSAGEM DE FRANCISCO PEDIA PAZ
Na mensagem escrita por ele, o pontífice fez votos de paz e pediu o desarmamento. “Não é possível haver paz sem um verdadeiro desarmamento! A necessidade que cada povo sente de garantir a sua própria defesa não pode transformar-se numa corrida generalizada ao armamento”, diz a mensagem lida pelo monsenhor Diego Ravelli, mestre das Celebrações Litúrgicas Pontifícias, no Domingo de Páscoa.
“Que o princípio da humanidade nunca deixe de ser o eixo do nosso agir quotidiano. Perante a crueldade dos conflitos que atingem civis indefesos, atacam escolas e hospitais e agentes humanitários, não podemos esquecer que não são atingidos alvos, mas pessoas com alma e dignidade”, disse Francisco.
O Santo Padre denunciou a situação “dramática e deplorável” na Faixa de Gaza e pediu ao Hamas que liberte os últimos reféns. “Expresso minha proximidade com os sofrimentos (…) de todo o povo israelense e do povo palestino”, disse.
O argentino pediu aos líderes políticos que “não cedam à lógica do medo que aprisiona” e que “derrubem as barreiras que criam divisões”. “Nenhuma paz é possível onde não há liberdade religiosa ou liberdade de pensamento e de expressão”, disse o sumo pontífice em seu discurso.