RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – Quatro dias depois de sair de Buenos Aires, a elefanta-africana Pupy chegou na noite de sexta-feira (18) ao Santuário dos Elefantes Brasil (SEB), localizado na Chapada dos Guimarães, em Mato Grosso.
O animal viajou cerca de 2.700 km em uma caixa sobre um caminhão. De acordo com o santuário, ela já saiu do espaço confinado em que fez o trajeto e realizou seu primeiro tratamento de uma antiga ferida.
“Pupy tem uma antiga ferida de pressão no rosto, que pode ocorrer quando os elefantes se deitam em superfícies duras por longos períodos. Agora que ela tem superfícies naturais para descansar, esperamos que isso melhore”, afirmou o santuário em suas redes sociais.
“Também a mudamos um pouco de lugar no galpão para que pudesse ser limpo. Agora, o espaço dela está brilhando de limpo. Ela parece relaxada e tem um comportamento dócil. Seus tratadores estão lá para ela, mas também estão dando espaço para ela explorar o novo espaço.”
Pupy viveu no Ecoparque de Buenos Aires por mais de 30 anos, onde chegou após ser trazida do Parque Nacional Kruger, na África do Sul. Ali vivia com uma companheira, Kuky, também de origem africana e que morreu em outubro de 2024.
No comunicado de anúncio da morte de Kuky, o ecoparque afirma que o óbito teve causas desconhecidas e que investigava as razões.
Agora, Pupy deve viver próxima de outros cinco elefantes que habitam o santuário: Bambi, Maia, Rana Guillermina e Mara, que também foi levada de Buenos Aires para o santuário em 2020.
A expectativa de vida de um elefante-africano na natureza é de cerca de 70 anos, mas animais de cativeiro pode ser menor, devido a problemas como alimentação inadequada, maus-tratos e falta de socialização, explica Moura.
Pupy será a primeira e única elefanta africana no santuário, pelo menos até a chegada de Kenya, outro animal de origem africana que deve ser levada ao SEB ainda neste ano a viagem ainda não tem data definida. Segundo Moura, Kenya tem pouco mais de 40 anos de idade e vive em Mendoza, na Argentina.
Durante a viagem, a elefanta foi acompanhada por dois cuidadores e dois veterinários da Argentina, além de uma equipe do SEB. Segundo a instituição, a viagem por terra é mais tranquila e segura para o animal, que recebe água, isotônico, frutas e vegetais no trajeto. A elefanta não faz a viagem sedada.