SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Pelo menos seis pessoas foram levadas ao hospital após um ataque a tiros em uma universidade do estado da Flórida, nos Estados Unidos, informaram autoridades médicas à agência de notícias AFP nesta quinta-feira (17).
Ainda não há informações sobre quem foi responsável pelos disparos. De acordo com a agência Reuters, testemunhas relataram à CNN que policiais detiveram um suspeito logo após o tiroteio. As agências de segurança americanas não confirmaram a detenção.
O Hospital Memorial de Tallahassee informou que está atendendo vítimas do ataque. “Temos seis pacientes, um em condição crítica, e o restante em condições sérias”, disse um porta-voz da unidade à AFP.
O presidente Donald Trump lamentou o ataque durante encontro com a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, no Salão Oval da Casa Branca. “É uma vergonha. É uma coisa horrível, horrível que coisas assim aconteçam, e nós teremos mais a dizer sobre isso depois”, disse o presidente em uma transmissão ao vivo do canal ABC News.
“Todo mundo ficou assustado”, disse o estudante Sam Swartz, acrescentando ter ouvido cerca de dez disparos, segundo o jornal Tallahassee Democrat.
Um grupo de oito pessoas se entrincheirou em um corredor e montou uma barricada com lixeiras e tábuas de madeira. “Lembro de ter aprendido que o melhor que você pode fazer é algo para retardá-los porque eles não querem fazer nada que tome tempo. Eles só querem matar o maior número possível de pessoas”, disse Swartz.
Esta não é a primeira vez que a Universidade Estadual da Flórida, que atualmente conta com mais de 42 mil estudantes frequentando aulas no campus principal, registra um ataque a tiros. Em 2014, um graduado abriu fogo na biblioteca, ferindo dois estudantes e um funcionário enquanto centenas estudavam para exames.
Ataques a tiros são frequentes nos EUA, onde existem cerca de 400 milhões de armas de fogo em circulação -número maior do que o de pessoas. Um em cada três adultos possui ao menos uma arma e quase um em cada dois adultos vive em uma casa onde há uma arma.
Sempre que ocorrem episódios do tipo, volta ao debate público a discussão sobre a facilidade de acesso a armas de fogo na nação. O tema divide a sociedade americana, tanto eleitores como políticos: republicanos defendem restrições mínimas à compra e à posse de armas, enquanto democratas apoiam aumentar o controle sobre esses artefatos.