Walison Veríssimo
O Ministério da Saúde vai auditar as três principais maternidades públicas de Goiânia — Dona Iris, Nascer Cidadão e Célia Câmara — após receber um ofício da vereadora Aava Santiago (PSDB), que também esteve com o ministro Alexandre Padilha em Brasília. O objetivo é verificar os impactos das recentes mudanças implementadas pela Prefeitura, como cortes de orçamento e a reestruturação no atendimento de urgência.
A solicitação formal foi enviada ao Departamento Nacional de Auditoria do SUS (DenasUS) no dia 20 de março. Em resposta, o órgão confirmou que a auditoria foi incorporada ao seu planejamento interno, com base nas informações apresentadas pela vereadora. Segundo o DenasUS, a medida será conduzida conforme as prioridades do Plano Anual de Auditoria Interna (PAA), com o compromisso de execução “o mais breve possível”.
A mobilização ocorre em um momento de alerta sobre o funcionamento da rede materna da capital. A Secretaria Municipal de Saúde anunciou que a Maternidade Célia Câmara deixará de atender casos de urgência e passará a oferecer apenas atendimentos de menor complexidade, o que deve sobrecarregar as demais unidades.
Para Aava Santiago, a auditoria é uma forma de garantir fiscalização externa sobre as decisões recentes da gestão municipal. “Estamos vendo um processo de desmonte silencioso dos serviços, e é dever do poder público agir com responsabilidade e transparência. A saúde materna não pode ser tratada como algo secundário”, afirmou.
Além da auditoria, a vereadora aguarda resposta do Ministério da Saúde sobre dois pedidos adicionais: a ampliação do serviço de radioterapia no Hospital Araújo Jorge e a compra de um novo equipamento de raio-X para a Maternidade Nascer Cidadão.