(UOL/FOLHAPRESS) – A temporada 2025 do Mundial de Surfe entra em fase decisiva nesta semana com o início da etapa de Bells Beach, na Austrália, a quinta do calendário da WSL e antepenúltima antes do temido corte do meio do ano.

A tradicional direita australiana pode ser o ponto de “alívio ou de tensão máxima” para muitos brasileiros que ainda brigam por vaga no G-22, zona de classificação para o segundo semestre do da competição.

O QUE É O CORTE?

O corte de meio de temporada, implementado pela WSL desde 2021, reduz o número de competidores. Vão de 34 para 22 no masculino, enquanto no feminino o número vai de 17 para 10.

Os atletas que ficarem fora disputam no segundo semestre o Challenger Series, a divisão de acesso, ao lado de convidados e dos melhores dos rankings regionais.

DENTRO DO G-22

Dois nomes já estão garantidos na elite após o corte: Italo Ferreira, líder do ranking, e Yago Dora, atualmente em terceiro. Eles chegam embalados à perna australiana e seguem firme na disputa por uma vaga no WSL Finals ao fim da temporada.

Miguel Pupo (7º), Filipe Toledo (11º) e Ian Gouveia (18º) também estariam dentro do corte se ele acontecesse nesta quinta-feira (17), mas ainda precisam somar pontos para confirmar suas classificações. Com a tabela embolada, qualquer tropeço pode custar caro, especialmente para Filipinho, que tenta embalar após um início irregular de temporada.

ALERTA VERMELHO

João Chianca aparece em 23º, como o primeiro fora do G-22. O carioca tem pela frente uma chance real de virar o jogo e seguir no CT, onde brilhou na temporada de 2023. Um bom resultado em Bells pode recolocar Chumbinho entre os melhores do mundo.

Mais abaixo no ranking, Alejo Muniz (28º) e Deivid Silva (29º) ainda alimentam esperanças. A diferença para o 22º colocado é inferior a mil pontos, e uma campanha consistente em Bells pode ser o pontapé ideal para uma arrancada rumo à salvação.

Já Samuel Pupo (32º) e Edgard Groggia (33º) vivem situação mais delicada. Ambos precisam ir além: não basta só ir bem em Bells Beach, será preciso render também nas próximas etapas em Burleigh Heads e Margaret River, ambas na Austrália, se quiserem evitar o rebaixamento.

LUANA SILVA PRESSIONADA

Única representante do Brasil na elite feminina, Luana Silva entra na perna australiana com um grande desafio pela frente. A surfista está na 14ª colocação do ranking.

A brasileira-havaiana chega a Bells Beach com quase 3.500 pontos de desvantagem em relação à 10ª colocada, a norte-americana Lakey Peterson, e está sob pressão para entregar bons resultados na reta final da primeira metade da temporada.

A etapa de Bells Beach começa na noite de quinta-feira (18), com a primeira chama prevista para 18h, no horário de Brasília. Para muitos brasileiros, pode representar um novo começo ou um fim precoce de temporada.