RIO DE JANEIRO, RJ (UOL/FOLHAPRESS) – A CBF começou nesta semana uma série de treinamentos com os principais árbitros do país.
Os árbitros trabalham quesitos físicos, técnicos e recebem orientações de interpretação e condução dos jogos.
A comissão de arbitragem antecipou o planejamento, já que o encontro presencial para atividades e orientações aconteceria só em junho, durante a pausa do Brasileirão para o Super Mundial de Clubes.
O comando dos árbitros quer bater em algumas teclas durante o trabalho no Rio.
Para o VAR, tirar a perspectiva de que ele é um interventor e, sim, um árbitro assistente.
Ou seja, se o árbitro de campo viu e interpretou uma jogada, não é para o VAR “reapitar” a decisão.
Na parte técnica, outra dinâmica que a comissão de arbitragem quer fixar é o controle dos 8 segundos de posse máxima dos goleiros, quando eles seguram a bola com as mãos.
Como resultado imediato, a CBF espera diminuir os erros no Brasileirão.
“Estamos trabalhando com os árbitros como se eles estivessem no ambiente 100% profissional. Sabemos que eles têm a vida em paralelo. Mas estamos conduzindo dias de treinamento, de repetição, para que tenhamos a experiência do retorno que eles promoverão nas próximas partidas. É o primeiro bloco de intervenções, que vai culminar com a profissionalização da arbitragem, como um todo”, disse o coordenador-geral da comissão de arbitragem da CBF, Rodrigo Martins Cintra.
E O FUTURO?
A entidade vai reunir os árbitros novamente. Durante o Super Mundial, repetirá a dose com o bloco grande.
Nesta semana, o trabalho envolve 75 árbitros, entre centrais, assistentes e VAR.
Sobre a profissionalização, o plano da CBF é que ao fim de 2026 eles montem um grupo que, de fato, receba e viva da arbitragem, sob a tutela da CBF e não apenas por iniciativa individual.
O Brasileirão começou com algumas polêmicas de arbitragem, principalmente na segunda rodada vide o pênalti para o Palmeiras contra o Sport e a expulsão no Cruzeiro contra o Internacional.
Mas a comissão de arbitragem atual tem batido na tecla de que os árbitros brasileiros estão bem cotados internacionalmente e cita duas competições: Super Mundial de Clubes, com dois árbitros e quatro assistentes, e a Eurocopa Feminina, que terá um trio brasileiro representando a Conmebol.
E ninguém promete erro zero, mesmo quando vier a profissionalização.