MACEIÓ, AL (FOLHAPRESS) – A polícia prendeu o segundo suspeito de participar da corrida de charretes que resultou no atropelamento da turista Thalita Danielle Hoshino de Souza, 37, na faixa de areia da praia de Santa Cruz, em Itanhaém, no litoral paulista, no dia 23 de março.

Fabiano Helarico Ribeiro, 29, foi detido no bairro Rio Grande, em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, na tarde de sexta-feira (11). Ele foi localizado em uma residência e conduzido à Deic da cidade, onde o processo foi formalmente registrado. Rudney Gomes Rodrigues, 31, que conduzia a charrete que causou o atropelamento, segue preso.

A reportagem não conseguiu localizar a defesa de Fabiano Helarico Ribeiro.

Conforme as investigações, três pessoas seguem foragidas. Todas elas tiveram prisões preventivas decretadas pela Justiça.

À Folha de S.Paulo Gabriela Neves, amiga de Thalita que a acompanhava no passeio de bibicleta pouco antes do acidente, disse que viu os carros e as charretes com cavalos se aproximando e pediu a ela para ter cuidado.

“Passaram os dois carros, depois uma charrete com o cavalo, que era bem grande até, e aí a segunda, que foi quando eu ouvi o barulho. A Thalita caiu no chão e fizemos o socorro. Eu acredito que era uma corrida porque eles estavam em uma velocidade muito alta, até mesmo os cavalos. Os moradores disseram que é comum ter esse tipo de corrida ali, mas que é proibido”, contou.

Em depoimento no fim de março, Rudney negou que estivesse em qualquer tipo de racha ou corrida e que, na verdade, testava uma égua que havia acabado de adquirir. Segundo o delegado Arilson Veras Brandão, as circunstâncias indicavam que ele estava numa velocidade “um tanto quanto alta”.

A defesa de Rudney também afirma que ele não conhecia o condutor da outra charrete e que a esposa dele esposa, que o acompanhava de carro, prestou socorro à vítima.

Moradores afirmam que já testemunharam corridas de charrete em praias de Itanhaém. Eles contam que a prática ilegal é frequente e causa temor na região.

No começo deste mês, prefeituras do litoral de São Paulo afirmaram que vão instalar câmeras e fazer rondas para coibir rachas de charretes. Em Itanhaém, também foi feito um bloqueio com pedras para evitar os rachas.

Conforme a polícia, rachas de charretes nas praias da Baixada Santista movimentam apostas e incluem público e participantes das corridas. As investigações apontam que as disputas envolviam dinheiro.