Walison Veríssimo

Mesmo evitando discussões públicas sobre a formação de chapa, o vice-governador Daniel Vilela (MDB) já vê sua base aliada se mover com força em busca da vaga de vice-governador para 2026. O avanço do projeto presidencial de Ronaldo Caiado (UB), que deixará o cargo no próximo ano, abriu espaço para articulações que envolvem lideranças regionais, figuras influentes do Legislativo e representantes de setores estratégicos, como o agronegócio.

Daniel afirma que ainda é cedo para tratar do assunto, mas reconhece a necessidade de construir uma aliança robusta com partidos de centro e direita, em sintonia com o projeto de Caiado para o Palácio do Planalto. Enquanto isso, a movimentação nos bastidores segue em ritmo acelerado.

Entre os nomes mais citados, aparece o ex-deputado federal e presidente da Faeg, José Mário Schreiner (MDB), defendido por parte da base como alternativa para pacificar as relações com o setor produtivo rural, ainda ressentido pela criação da taxa do agro. No mesmo campo, o ex-prefeito de Rio Verde, Paulo do Vale (UB), também é lembrado e disputa influência na região Sudoeste.

Outro nome ventilado é o do secretário Adriano da Rocha Lima, auxiliar de confiança do governador. Apesar de negar interesse e reiterar planos de retorno ao setor privado, sua presença nas especulações reforça a leitura de que Caiado pode influenciar diretamente na composição final.

No entorno do Distrito Federal, com peso eleitoral crescente, há expectativa de protagonismo. Lideranças locais já sugerem nomes como o deputado federal Célio Silveira (MDB), os prefeitos Diego Sorgatto (UB) e Lucas Antonietti (UB), além do ex-prefeito Pábio Mossoró (MDB).

No Legislativo, o presidente da Assembleia, Bruno Peixoto (UB), segue cotado nos bastidores. Embora reforce publicamente que pretende disputar uma vaga na Câmara Federal, sua presença política e capacidade de articulação o mantêm no centro das conversas.