SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A empresa de turismo responsável pelo helicóptero que caiu na última quinta-feira (10) no rio Hudson, em Nova York, encerrou suas operações, disse neste domingo (13) a FAA (Administração Federal de Aviação), órgão regulador dos Estados Unidos equivalente à Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) no Brasil.

As autoridades do estado de Nova York disseram ainda que o helicóptero, cuja queda matou uma família de cinco pessoas e o piloto, não tinha caixa preta, o que deve dificultar a investigação a respeito das causas do acidente.

O piloto da aeronave chegou a avisar por rádio que precisava reabastecer poucos minutos antes da queda, segundo o dono da empresa turística. Michael Roth, CEO da New York Helicopter Tour, afirmou que cogita uma colisão com ave ou falha no rotor principal.

O senador por Nova York Chuck Schumer pediu que as autoridades responsáveis cassem a licença da empresa para operar. “A FAA precisa fazer mais. Precisamos falar seriamente sobre uma cultura de segurança na indústria de passeios de helicóptero, e repensar os padrões de segurança de empresas turísticas é um bom começo”, disse o democrata.

Mergulhadores da polícia de Nova York passaram o fim de semana buscando mais peças do helicóptero nas águas do rio Hudson na esperança de que as peças possam ajudar a explicar o acidente. Até aqui, foram encontradas a cabine da aeronave e parte da sua cauda.

Com a ausência da caixa preta, investigadores esperam encontrar o rotor do helicóptero para avançar na apuração sobre as causas do ocorrido.

As vítimas do acidente foram o piloto Sean Johnson, ex-militar da Marinha americana, o diretor-executivo da Siemens na Espanha, Agustin Escobar, sua esposa, Merce Camprubi Montal, e seus três filhos, de 11, cinco e quatro anos de idade.

De acordo com um comunicado da empresa de tecnologia e transporte alemã, Escobar foi promovido a executivo da divisão da Siemens no Sudoeste Europeu em 2022. A família, com residência em Barcelona, visitava Nova York a turismo.