RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – ex-bailarina do Faustão, Natacha Horana nega qualquer ligação com a facção criminosa PCC. Detida em novembro de 2024 por suspeita de lavagem de dinheiro, tráfico de drogas e associação criminosa, ela passou quatro meses na prisão, mas teve a detenção revogada pela Justiça no final de março. “Fui injustiçada, fui vítima e fui calada”, disse ao Domingo Espetacular, da Record, neste domingo (13).
Natacha contou que manteve um relacionamento amoroso de aproximadamente três meses com Valdeci Alves dos Santos, considerado o número 2 do PCC e braço direito de Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, líder da organização criminosa. Valdeci está preso desde 2022. “Não lavei dinheiro. Não faço parte do crime. Tudo o que é ilícito, eu não faço parte. Eu não sou laranja do PCC”, afirmou.
Ela não negou ter visitado Valdeci na prisão. “Fui humana, agi com o meu coração. Mas, quando a gente descobre realmente quem é a pessoa… a partir dali, não tivemos mais um relacionamento”, ressaltou.
Sobre a acusação de que o dinheiro repassado à própria mãe teria vindo de Valdeci, ela foi enfática: “A minha mãe recebia dinheiro meu, que eu enviava para ela. Ele me falava que era empresário e me dava presentes”. Segundo a denúncia da Justiça do Rio Grande do Norte no final do ano passada, Natacha Horana comprou itens de luxo e pagou viagens com dinheiro de organizações criminosas. Teriam sido movimentados R$ 15 milhões em dez anos sem origem comprovada.
A ex-bailarina reconheceu ter sofrido durante o período em que esteve presa. “Natal e Ano Novo, que são momentos de felicidade em que você pode estar reunido com sua família… eu estava isolada, sozinha, em um lugar em que nem se pode chorar, para não demonstrar fraqueza”.
Por fim, Natacha afirmou que irá provar sua inocência. “Acredito na minha verdade. Acredito que vou provar a minha inocência. A vida nunca disse que seria fácil. Tenho que encarar os desafios de frente”.