RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu nove pessoas na madrugada deste domingo (13), durante uma festa em Duque de Caxias, município da Baixada Fluminense a 24 km da capital.

Segundo a polícia, os presos são suspeitos de envolvimento com uma milícia que atua em conjunto com a facção TCP (Terceiro Comando Puro) no bairro São Bento, em Duque de Caxias.

O TCP atua no tráfico de drogas e é a facção de Álvaro Malaquias Santa Rosa, o Peixão, líder do Complexo de Israel e considerado um dos traficantes mais procurados do estado.

A ação deste domingo foi realizada após informações de inteligência apontarem a reunião dos suspeitos, que celebravam, segundo investigação, o aniversário de integrantes do grupo.

A operação foi feita por agentes da Draco (Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas), da DHBF (Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense) e da 38ª DP (Brás de Pina).

Ao chegar na festa, a equipe policial rendeu na porta um grupo que fazia a segurança do evento. Dentro da festa, agentes identificaram outros suspeitos, todos armados. O local tinha piscinas, churrasqueiras, campo de futebol e bar.

Alguns presentes tentaram fugir para uma área de mata pulando o muro da casa de festas. Houve troca de tiros e os agentes conseguiram capturar os suspeitos em fuga.

Um dos presos, segundo boletim de ocorrência, é Rogério Moura Ferreira, considerado líder da milícia local. Leonardo de Souza Ferreira, o PQD, também preso, tinha um mandado de prisão em aberto por homicídio.

PQD foi hospitalizado em razão de uma entorse no pé durante a tentativa de fuga. Segundo o advogado Ornelio Mota Rocha, ele está sob custódia no hospital municipal Salgado Filho, no Méier.

“Desde os primeiros processos a defesa reitera que Leonardo jamais participou de milícia ou teve qualquer envolvimento com crime organizado”, afirmou o advogado.

A reportagem não encontrou a defesa de Rogério de Moura Ferreira.

A polícia tentou encontrar um policial militar que não teve o nome identificado e atua na extorsão dos moradores. Ele não foi encontrado.

A Polícia Civil apreendeu sete pistolas, uma espingarda, um simulacro de arma, munição e equipamentos táticos. Os presos foram autuados em flagrante por constituição de milícia privada e porte ilegal de arma de fogo. Todos eles, segundo investigadores, possuem anotações criminais.