SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A Polícia Militar usou bombas de gás para dispersar um protesto na manhã deste sábado (12) pela morte do ambulante senegalês Ngange Mbaye, 34, baleado um dia antes por um policial no Brás, na região central de São Paulo.

Além das bombas, a PM também usou um veículo blindado da tropa de choque e a cavalaria para dispersar a manifestação. Lojistas da região tiveram que fechar as portas durante o confronto.

O ambulante morto foi baleado por um policial militar na tarde de sexta-feira (11) durante um tumulto que ocorreu na esquina da Rua Joaquim Nabuco com a Avenida Rangel Pestana, em frente ao Largo da Concórdia.

Os manifestantes estavam com cartazes com pedidos de justiça pelo senegalês. Eles também gritaram “assassinos” quando a polícia chegou para dispersar o ato.

Ngange levou um tiro após um policial tentar levar sua mercadoria apreendida. Segundo imagens publicadas nas redes sociais, o homem tentou fugir com um carrinho de mercadoria na rua Joaquim Nabuco. Ao ser alcançado pelos policiais militares e atingido por golpes de cassetete, ele pegou uma barra de ferro e partiu para cima dos agentes.

Neste momento, um dos policiais, que estava com arma em punho, atirou.

Em nota, a Secretaria de Segurança Pública da gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos), diz que o vendedor agrediu o policial com uma barra de ferro e, então, foi baleado. O policial participava de operação de fiscalização contra o comércio ilegal nas ruas do Brás, um dos principais centros de comércio popular de São Paulo.

O vendedor chegou a ser levado para a Santa Casa, também na região central, mas não resistiu e morreu.

Em nota, a secretaria disse que a Polícia Militar acompanhou a manifestação, que teve início por volta das 10h20. ” Uma pessoa lançou uma garrafa na direção dos policiais militares, que intervieram com gás de efeito moral. O protesto foi encerrado no Largo da Concórdia, por volta das 12h30. Até o momento, não há registro de feridos.”