SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Um dos afastados pela ESPN após a edição do Linha de Passe da última segunda-feira (7) -que repercutiu a reportagem da revista Piauí sobre denúncias envolvendo a cúpula da Confederação Brasileira de Futebol (CBF)-, o jornalista Gian Oddi se pronunciou sobre o caso e confirmou seu retorno à bancada do programa após dois dias de suspensão.
“Volto ao Linha de Passe nesta quinta-feira (10). Não só eu, como também os meus colegas”, afirmou Oddi em um vídeo publicado nas redes sociais. Além dele, também foram afastados temporariamente os jornalistas Dimas Coppede, Paulo Calçade, Pedro Ivo Almeida, Victor Birner e William Tavares.
“Sinceramente, eu tenho a consciência de que a gente vai poder continuar falando as coisas da maneira como a gente sempre falou, com a liberdade que eu sempre tive desde que entrei na ESPN, há mais de 15 anos”, disse Oddi, reforçando seu compromisso com a independência editorial.
Segundo apuração da coluna Outro Canal, o comando do canal esportivo da Disney recebeu reclamações da CBF sobre o conteúdo do programa. Ainda de acordo com a reportagem, a edição teria sido feita sem o conhecimento prévio da direção de jornalismo da emissora. A CBF, por sua vez, nega ter solicitado qualquer tipo de esclarecimento ao canal.
Oddi também explicou o motivo alegado pela emissora para o afastamento do grupo: “A argumentação que a gente recebeu é que, num programa do gênero, e até para que a direção da ESPN possa estar preparada para as consequências -e até saber argumentar em relação às consequências que um programa assim acaba tendo-, certos processos precisam ser seguidos. E esses processos de informação interna da empresa não foram seguidos.”
Por fim, o jornalista concluiu com um recado direto ao público: “A gente acatou, ficamos dois dias fora, estaremos de volta na quinta, e repito: volto ao Linha de Passe agindo e trabalhando da maneira que sempre agi.”