da Redação
Em mais um capítulo da escalada comercial entre Estados Unidos e China, o governo norte-americano anunciou uma nova rodada de tarifas sobre produtos chineses. A partir desta quarta-feira (9), entrará em vigor um acréscimo tarifário de 50% sobre bens importados da China, conforme comunicado da secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt.
Com a medida, algumas mercadorias poderão atingir uma taxa total de 104%, elevando drasticamente os custos para importadores americanos e intensificando a pressão sobre Pequim.
Durante coletiva realizada nesta terça (8), Leavitt afirmou que o presidente Donald Trump está disposto a negociar, mas ainda “não encontrou o caminho” para um acordo com o governo chinês. “Se a China quiser resolver, o presidente está aberto — mas precisa ver ações, não promessas”, pontuou.
Aliados na mira e novas conversas com o Irã
Além da China, a estratégia comercial da Casa Branca prevê novas abordagens com aliados estratégicos. Segundo Leavitt, as futuras negociações comerciais seguirão o formato “one-stop”, ou seja, pacotes amplos que envolvem não apenas questões tarifárias, mas também aspectos de cooperação militar e ajuda internacional.
Israel aparece como um dos parceiros com quem os Estados Unidos já mantêm diálogos sobre ajustes tarifários. Já em relação ao Irã, Leavitt adiantou que um encontro direto está agendado para este sábado, marcando um raro movimento diplomático entre os dois países.
A mudança no tom das negociações indica que a administração Trump pretende usar tarifas como ferramenta multifacetada — tanto para barganhar acordos econômicos quanto para redefinir alianças geopolíticas.