RIO DE JANEIRO, RJ (UOL/FOLHAPRESS) – O gol de biquinho certeiro diante do Vitória foi uma nota artística com a qual Arrascaeta mostrou o quão importante ainda é para o Flamengo. Mas o time de Filipe Luís precisa lidar com uma realidade: a presença dele não é garantida em todos os jogos.

Nesse contexto, existem duas convicções no Fla: é preciso contratar um meia e escalar De La Cruz mais adiantado não é uma alternativa à ausência de Arrascaeta.

A parte envolvendo De La Cruz é a visão do técnico Filipe Luís. Contratação? Trabalho para o diretor de futebol, José Boto.

De La Cruz chegou a jogar mais adiantado na época de Tite e até atua como terceiro homem de meio-campo, mais adiantado, na seleção uruguaia. Mas não é esse o plano para ele, no que depender de Filipe Luís.

A dupla formada por De La Cruz e Pulgar tem deixado o técnico feliz da vida. Por isso, mudar o que está encaixado para compensar a eventual ausência de Arrascaeta não passa pela cabeça do treinador.

“Acho que seria quebrar um galho, não seria a melhor função. Como volante, acho que faz a melhor dupla de volantes do Brasil. Não quero desmanchar, dá um controle. Tem jogadores mais aceleradores, mais verticais, e eu tenho que achar a melhor solução”, disse Filipe Luís, técnico do Flamengo

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A DINÂMICA DE DE LA CRUZ

De La Cruz é um jogador que consegue sair bem quando pressionado, e isso gera importância para a saída de bola do Flamengo. O uruguaio também tem velocidade e procura verticalizar os passes. Sem a bola, é rápido para aumentar a pressão na marcação. Tem vitalidade, fará 28 anos em junho.

Filipe já disse que os dois volantes são os jogadores dos quais mais exige no time. Tanto tecnicamente, quanto na parte de entendimento do jogo.

Quando mencionou jogadores aceleradores e verticais para substituir Arrascaeta, Filipe Luís se refere aos que tem usado recentemente: Luiz Araújo, Michael, Plata e até a entrada de um atacante mais de área -ontem, foi Bruno Henrique, saindo do banco.

COMO LIDAR COM ARRASCAETA?

O Flamengo está preocupado com o controle de carga de jogos sobre Arrascaeta.

Ele fez uma cirurgia no joelho no fim do ano passado e começou a temporada sob cautela. Entrou em alguns jogos, foi preservado em outros. Mas faz parte do desenho ideal de time que Filipe Luís tem.

A ida para a seleção uruguaia na primeira data Fifa do ano, na visão do Flamengo, gerou um choque com uma metodologia de treino diferente. Aí, veio a lesão no adutor da coxa direita do meia.

Arrasca perdeu os primeiros jogos no Brasileirão e na Libertadores. Voltou contra o Vitória. Menos mal que a recuperação trouxe a ocasião perfeita para o gol de biquinho no Barradão, fundamental para a vitória apertada por 2 a 1.