O Palmeiras começou 2025 com mudanças no elenco e ainda encontra dificuldades para encontrar a melhor dinâmica para se organizar em campo.
No entanto, a evolução apresentada nas duas últimas partidas passa pelos ajustes táticos e por peças importantes que ganharam espaço para sustentar o esquema em meio às rotações no elenco.
“Já aprendi que o futebol brasileiro não é para amadores. É difícil, muito jogo, pouco treino, muita viagem. É verdade que andamos à procura da melhor dinâmica para ajudar estes jogadores. É verdade que em relação às viagens temos de trocar (as escalações), tenho que arriscar muitas vezes. Mas tem que ser assim, não há outra forma, pelo menos já naquela forma que eu acredito”, disse Abel Ferreira, após Sport x Palmeiras
ESQUEMA COM TRÊS ZAGUEIROS E PIQUEREZ “VOANDO”
Abel tem optado pela formação com três zagueiros, tendo Micael e Bruno Fuchs ao lado de Goméz ou Murilo. O primeiro rapidamente se tornou titular do elenco, enquanto o ex-zagueiro do Galo tem sido opção para fechar o lado direito e fornecer a possibilidade de mudar o posicionamento tático da equipe para uma linha com quatro defensores.
No entanto, a equipe só conseguiu o resultado positivo contra o Sport ao abandonar o sistema para reforçar o meio-campo. Raphael Veiga entrou na vaga de Fuchs, a equipe mudou a maneira de atuar e passou a pressionar o rival.
Piquerez emplaca sequência de jogos após lesão na coxa e resolve “problema”. O lateral, que disputou seis partidas desde que se recuperou da lesão sofrida em 20 de fevereiro, entrou em campo na vaga de Vanderlan, que mais uma vez teve atuação abaixo da média, e mostrou que está “voando” nas últimas partidas, convertendo até duas penalidades enquanto Veiga não retoma sua posição habitual de batedor.
Lucas Evangelista dá dinâmica ao time, mas Felipe Anderson ainda fica devendo. O meio-campista do Red Bull rapidamente se adaptou ao estilo de jogo da equipe e tem ajudado a dar mobilidade ao time. Já o ex-Lazio ainda não conseguiu emplacar uma boa partida mesmo atuando em nova função pelo meio, nem mais deslocado à direita como na partida de ontem.
Pelos desfalques e calendário apertado do futebol brasileiro, Abel tem optado por dar rodagem ao elenco e diversificar a dinâmica. O treinador falou sobre a “falta de opções” em certos momentos e sobre os improvisos que tem feito.
“É muito difícil aqui no Brasil jogar na força máxima. Temos que fazer gestão de energia para jogar na força máxima. Vamos seguramente encontrar isso, porque essa é a nossa função. Se quisesse um ponta por fora, não tínhamos, não tinha outro ponta, então utilizei o Felipe Anderson numa posição mais à direita, troquei o Facundo mais para a esquerda, para criar dinâmicas e perceber que o Facundo por dentro também pode nos dar coisas muito boas.”