CAMPINAS, SP (FOLHAPRESS) – Um vídeo publicado no X (antigo Twitter) mostra o momento em que vacas são arrastadas durante a enchente que atingiu Angra dos Reis a 150 km do Rio de Janeiro no último fim de semana.
Segundo a Defesa Civil do município, a gravação foi feita no Parque Mambuca, um dos bairros atingidos. “De qualquer forma”, diz o órgão, “nem a Defesa Civil nem o Corpo de Bombeiros foram acionados para atuar nesta situação.”
As imagens mostram os animais tentando resistir à força da água, que os empurra rua abaixo. O vídeo é atribuído a Elizangela Gomes, então moradora do bairro.
Mais de 300 pessoas ficaram desabrigadas após o temporal que atingiu o município litorâneo. Também em Petrópolis, na Serra, há registros de desabrigados e alagamentos. As duas cidades chegaram a registrar 300 milímetros de chuva em 24 horas em pontos dos municípios de sexta (4) para sábado (5).
No domingo, a prefeitura de Angra informou que as aulas na cidade, interrompidas na sexta, serão retomadas nesta segunda. Quatro escolas, porém, seguem sem atividades duas das quais servem de abrigo para 174 pessoas que estão fora de suas casas.
A administração informou ainda que está recebendo doações para as vítimas das chuvas, e que os itens mais necessários são água, alimentos não perecíveis, produtos de higiene pessoal e de limpeza. As doações podem ser feitas das 9h às 16h no. “Pessoas físicas devem entregar os donativos na Secretaria de Desenvolvimento Social, na Praça Guarda Marinha Greenhalgh, s/n, Centro”, diz o órgão.
Após os estragos causados pelas chuvas nas duas cidades, o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), criticou a atuação do governo Lula na preparação e mitigação dos danos causados pelas chuvas no estado neste fim de semana.
Ele afirmou que não recebeu o contato de nenhum representante do governo federal para apoiar o estado.
O secretário especial de Assuntos Federativos, André Ceciliano, afirmou neste domingo (6) que Castro busca dar sinais políticos para o ex-presidente Jair Bolsonaro que, segundo ele, “nunca colocou R$ 1 no Rio de Janeiro”.