SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – O São Paulo abriu a temporada 2025 empolgado pelas atuações do “quarteto fantástico” com direito a vitória de gala em clássico, mas viu jogadores e esquema esfarelarem em três meses. Agora, Zubeldía tenta reinventar o time em meio à maratona de jogos da temporada.

Dos quatro, só dois estão à disposição de Zubeldía: Luciano e Calleri. Lucas está fora há quase um mês com trauma no joelho direito e ainda deve desfalcar o time por algumas semanas; Oscar teve constatada lesão na coxa esquerda e, depois ser poupado contra o Sport e sentir o problema diante do Talleres (ARG), deve desfalcar o Tricolor também por algumas semanas -ele está fora ao menos das próximas duas partidas.

Luciano sequer foi titular no jogo contra o Talleres. O “chilique” no banco de reservas após ser substituído no jogo contra o Sport não pegou bem, e Zubeldía teve uma conversa mais séria com o camisa 10 ainda na Argentina.

Calleri não vem em boa fase no comando de ataque, mas tem a confiança de Zubeldía. O camisa 9 desperdiçou um pênalti na estreia no Brasileirão e pode ser reserva de André Silva no jogo contra o Atlético-MG neste domingo (6).

Zubeldía passou a pré-temporada trabalhando um esquema tática para encaixar os quatro no time titular, com Oscar se posicionando pela esquerda, mas com liberdade de movimentação pelo centro. Sem o camisa 8, não há no elenco do São Paulo um reserva com características semelhantes para manter o esquema -Rodriguinho e Alves não são considerados prontos para assumirem a posição.

Apesar da atuação de gala nos 3 a 1 contra o Corinthians no início do Paulistão -quando Lucas marcou duas vezes, Oscar fez um e deu uma assistência e Luciano e Calleri completaram a noite mágica do quarteto com uma assistência cada-, o São Paulo do “quarteto fantástico” demonstrou inconsistências defensivas durante o estadual. O brilho inicial sumiu em dado momento e Zubeldía já começou a ser forçado a mexer na equipe.

A solução encontrada pelo técnico argentino, até aqui, foi o sistema com três zagueiros. O Tricolor começou a adotar o desenho com uma variação pela direita que permite a formação da linha de quatro com Ferraresi sendo o lateral direito.

Além dos problemas com o quarteto, Zubeldía ainda teve que enfrentar duas perdas na profundidade do grupo: as saídas de William Gomes e Erick. Os pontas eram reservas imediatos e, agora com a lesão de Lucas, o treinador se viu obrigado a improvisar Cédric na ponta direita por falta de opções -Lucas Ferreira e Henrique, ambos de 18 anos, ainda não possuem a confiança de Zubeldía.