Da Redação

Goiás enfrenta um desafio ambiental de grandes proporções entre abril e novembro de 2025. O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) incluiu o estado na lista de emergência ambiental devido ao alto risco de queimadas, o que permitirá medidas emergenciais para conter os incêndios. A decisão, publicada no Diário Oficial da União em 28 de fevereiro, autoriza a contratação de brigadistas e a implementação de estratégias preventivas para minimizar os impactos do fogo.

Segundo a ministra Marina Silva, as mesorregiões Centro, Leste, Noroeste, Norte e Sul de Goiás são as áreas mais vulneráveis. A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Goiás (Semad) esclareceu que a declaração de emergência já faz parte do planejamento anual, permitindo ações rápidas e eficazes no período crítico da seca.

A experiência de 2024 reforça a necessidade dessas medidas. No ano passado, quase 449 mil hectares foram consumidos pelo fogo, afetando municípios como Formosa, Mineiros, Rio Verde e Jataí. Mais da metade das queimadas ocorreram em áreas agropecuárias, enquanto apenas 1,42% atingiram regiões licenciadas, demonstrando a importância do monitoramento ambiental. Unidades de conservação também sofreram com os incêndios: a Chapada dos Veadeiros perdeu 14,6 mil hectares, e o Parque Nacional das Emas, 11,3 mil.

Diante desse cenário, o governo federal intensificará o combate ao fogo em 2025. Uma das novidades é a implementação dos Planos de Manejo Integrado do Fogo (PMIF), que estabelecerão diretrizes de prevenção para propriedades rurais e órgãos ambientais. Além disso, serão mobilizadas 231 brigadas federais, totalizando mais de 4.600 brigadistas. A operação contará ainda com helicópteros, aviões e embarcações para reforçar o enfrentamento aos incêndios.

O investimento na prevenção continua sendo prioridade. Em 2024, Goiás destinou R$ 4,22 milhões para ações de combate às queimadas, incluindo a contratação de brigadistas e aquisição de equipamentos. Com um planejamento robusto e mobilização de recursos, a expectativa é reduzir os danos ambientais e proteger ecossistemas essenciais do estado.