PEQUIM, CHINA (FOLHAPRESS) – O Exército chinês realizou nesta terça-feira (1º) novas manobras militares ao redor de Taiwan com forças navais, aéreas e de mísseis para ensaiar um bloqueio da ilha de governo democrático.

O Exército qualificou os exercícios como um “firme aviso e enérgica dissuasão” aos supostos separatistas de Taiwan, um território que Pequim reivindica como seu.

O governo de Taiwan, que possui seu próprio Exército, mobilizou aviões e navios de guerra e ativou o sistema terrestre de mísseis de defesa.

“Essas manobras se concentram principalmente em patrulhas de preparação para combate marítimo e aéreo, a tomada conjunta de superioridade geral, e o bloqueio de áreas-chave e rotas marítimas”, afirmou o coronel Shi Yi, porta-voz chinês.

Em um comunicado posterior, a porta-voz do Escritório de Assuntos de Taiwan da China, Zhu Fenglian, advertiu que o independentismo da ilha “significa guerra, e buscar a ‘independência de Taiwan’ é empurrar o povo taiwanês para uma perigosa situação de guerra”.

Por sua vez, a guarda costeira chinesa indicou em um comunicado que realizou “patrulhas em águas ao redor da ilha de Taiwan”, onde efetuou tarefas contra navios cuja presença é “injustificada”.

Segundo o Ministério da Defesa taiwanês, a China enviou o grupo de porta-aviões Shandong e outros navios e aviões como parte da manobra.

A defesa taiwanesa indicou que havia detectado um total de 19 navios militares chineses e que está “monitorando de perto o movimento do grupo do porta-aviões chinês Shandong e outros aviões e navios que ingressaram na zona taiwanesa de resposta”.

Nos simulacros, as forças armadas chinesas “se aproximam da ilha de Taiwan a partir de múltiplas direções”, indicou Shi, ao descrever a manobra como “uma ação legítima e necessária para salvaguardar a soberania e unidade nacional da China”.