Walisson Veríssimo

Cotada para assumir a presidência estadual do PT em Goiás, a deputada federal Adriana Accorsi comentou pela primeira vez a possibilidade de uma aliança entre o partido e o ex-governador Marconi Perillo (PSDB) nas eleições de 2026. A petista evitou descartar completamente a ideia, mas fez questão de estabelecer um limite claro: qualquer eventual composição só ocorrerá se houver apoio à reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“A gente não fez essa conversa ainda. Tem possibilidade? Tem possibilidade de várias coisas, mas o ex-governador Marconi tem tido uma postura crítica ao governo Lula. Então não tem como. Só temos como apoiar um candidato que apoie nosso candidato a presidente”, afirmou Adriana à coluna Giro do Jornal O Popular desta terça-feira (1º).

A fala da deputada joga água fria nas especulações que vinham ganhando força dentro e fora do PT goiano, com lideranças do partido discutindo nos bastidores uma eventual reaproximação com Marconi como forma de ampliar o palanque de Lula no estado.

Nos bastidores, a tese que vinha sendo ventilada era a de que o PT apoiaria Marconi na disputa pelo governo de Goiás em 2026, desde que o tucano se comprometa publicamente com a candidatura de Lula à Presidência. O cálculo leva em conta o peso eleitoral de ambos e a possibilidade de formar uma frente ampla contra o bolsonarismo no estado.

Aliados de Marconi, no entanto, indicam que o ex-governador ainda não discute cenários estaduais para 2026, à espera da definição sobre o futuro do PSDB, que cogita fusão ou federação com outras siglas, como Podemos e Republicanos. Mesmo assim, interlocutores próximos consideram improvável uma aliança com os petistas. “Sempre fomos oposição ao governo do PT”, disse um deles.