RIO DE JANEIRO, RJ (UOL/FOLHAPRESS) – O Vasco venceu o Santos por 2 a 1 neste domingo (30), em São Januário, pela primeira rodada do Campeonato Brasileiro de 2025.
Ainda que o duelo fosse de dois gigantes brasileiros, somente jogadores estrangeiros balançaram as redes. O argentino Barreal abriu o placar para o Santos, o português Nuno Moreira empatou e Pablo Vegetti virou para o Vasco.
O jogo foi bem franco, e os goleiros brilharam no segundo tempo. Léo Jardim foi o primeiro a fazer grande defesa, em chute de Guilherme, enquanto Brazão operou um milagre em cabeçada de Vegetti.
Durante o intervalo, houve um princípio de confusão entre a torcida do Santos e a polícia presente em São Januário. O motivo não ficou claro, embora, nas imagens, ficasse nítido que os vascaínos arremessavam objetos no setor visitante. Vale destacar que paulistas e cariocas vivem ‘rixa’ desde 2023, quando Soteldo subiu em cima da bola em goleada santista na Vila Belmiro. O Santos, no entanto, acabou rebaixado naquela edição.
A torcida do Vasco hostilizou o técnico Fábio Carille nas arquibancadas de São Januário. A queda na semifinal do Campeonato Carioca e a falta de repertório da equipe neste início de temporada são as principais razões para a insatisfação. No fim, a equipe conseguiu a virada, e o treinador escapou de novas críticas. Os mais de 19 mil vascaínos foram para casa felizes.
COMO FOI O JOGO
Ainda que a primeira finalização tenha sido do Vasco, com Coutinho, o Santos teve um início mais interessante. O meio-campo combinou bem para criar diversas oportunidades, como as de JP Chermont, Barreal e Gabriel Bontempo, todas levando perigo à meta defendida por Léo Jardim.
O Vasco tinha muita dificuldade na saída de bola, por isso não criava tanto e, numa dessas, Paulinho Paula errou e rendeu contra-ataque ao Santos. Tiquinho Soares dominou e achou lindo passe para Barreal, que encobriu Léo Jardim e abriu o placar para o time visitante. O resultado era justo, diante daquilo que as equipes apresentaram nos primeiros 25 minutos.
O gol fez com que o Vasco acordasse um pouco na partida, especialmente na figura de Nuno Moreira. Apesar da grife de Coutinho, o português criou as melhores oportunidades da equipe de Fábio Carille. O time, contudo, sentiu falta de profundidade nas laterais, levando o jogo demais para o meio, onde o adversário congestionava a partida. O Santos, por sua vez, recuou demais e apostava nos contra-ataques. Guilherme teve grande chance em combinação com Rollheiser, mas chutou por cima.
Se foi o Santos que começou melhor no primeiro tempo, a etapa complementar viu um Vasco muito superior nos minutos iniciais. Tanto que o clube da casa decretou a igualdade no placar antes dos dez, quando Nuno Moreira aproveitou passe de Vegetti para vencer Gabriel Brazão. A equipe de Fábio Carille voltou com mais fome e fez com que o torcedor inflamasse de vez o caldeirão de São Januário.
A partir do empate, tanto Santos quanto Vasco saíram desesperados em busca do resultado. Faz parte do DNA ofensivo das equipes, embora nenhuma delas tenha conseguido ser brilhante na partida. Rollheiser vinha muito bem pelo lado do Santos, enquanto Lucas Piton cresceu bastante no segundo tempo no clube carioca.
Não poderia ser diferente para o Vasco. Assim como no primeiro gol, a bola aérea fez com que o time conseguisse quebrar a barreira imposta pelo Santos. Payet cobrou falta com veneno e Vegetti, completamente livre, decretou a virada dos mandantes em São Januário.
O PIRATA
Pablo Vegetti é o jogador mais decisivo do Vasco nos últimos anos e, neste sábado, não foi diferente. Se no primeiro tempo foram poucas oportunidades, a bola se apresentou mais na etapa complementar, e o argentino fez valer.
Primeiro, Vegetti concedeu assistência de cabeça para Nuno Moreira empatar o jogo. Cerca de 30 minutos depois, novamente no seu melhor estilo, cabeceou com estilo para deslocar Gabriel Brazão e virar o jogo. E ele ainda poderia ter marcado mais um, se não fosse o milagre do goleiro da equipe adversária.
O argentino já tem oito participações em gol nesta temporada, em apenas 12 partidas. O melhor ano dele no Vasco foi 2024, quando balançou as redes 23 vezes em 54 compromissos.
VASCO
Léo Jardim, Paulo Henrique, João Victor, Mauricio Lemos, Lucas Piton; Hugo Moura (Jair), Paulinho (Tchê Tchê), Coutinho (Payet), Nuno Moreira (Lóide Augusto), Garré (Adson) e Vegetti. Técnico: Fábio Carille.
SANTOS
Gabriel Brazão; JP Chermont, Gil, Zé Ivaldo e Escobar; João Schmidt (Pituca), Gabriel Bomtempo (Thaciano) e Barreal (Gabriel Verón); Rollheiser, Guilherme e Tiquinho Soares (Deivid Washington). Técnico: Pedro Caixinha.
Local: Estádio São Januário, no Rio de Janeiro
Arbitragem: Rafael Rodrigo Klein (RS)
Assistentes: Rafael da Silva Alves (RS) e Michael Stanislau (RS)
VAR: Rafael Traci (SC)
Cartões amarelos: Lucas Piton (VAS)
Gols: Barreal (SAN, aos 20′ do 1ºT); Nuno Moreira (VAS, aos 7′ do 2ºT) e Vegetti (VAS, aos 32′ do 2ºT)