SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – O treinador do Internacional, Roger Machado, comentou sobre o momento da seleção brasileira e afirmou que gostaria de ver um treinador brasileiro no cargo.

Após a queda de Dorival Júnior, os principais alvos da CBF são estrangeiros: Jorge Jesus é o favorito no momento, mas nomes como Carlo Ancelotti, Guardiola, Abel Ferreira e Artur Jorge estão no radar.

Questionado sobre o assunto na coletiva após o empate contra o Flamengo, Roger afirmou não ter nada contra estrangeiros no comando da seleção, mas não escondeu sua preferência por um brasileiro:

“Passarem a desejar o estrangeiro não vem do nada. Não fomos nós que pedimos estrangeiros. Eu gostaria de ver brasileiro, mas não sou contra (estrangeiros)”, afirmou o treinador do Internacional.

O treinador relembrou que o 7 a 1 em 2014 deu um ‘empurrão’ para o próximo passo de sua carreira, pois o mercado pedia por novos nomes:

“Quem fala (de estrangeiro na seleção) é o ambiente externo. Em 2014, depois do 7 a 1, eu estava acomodado na minha função de auxiliar. Quando a gente perdeu, o ambiente era que os treinadores mais velhos não serviam. Que tinha que renovar (a classe). Entendi aquele momento e saí para me lançar como treinador, tinha 38 anos. Muitos fizeram o mesmo caminho, alguns permaneceram”, continuou.

Roger Machado concluiu defendendo a classe dos treinadores brasileiros e disse que não devem nada aos estrangeiros:

“Estivemos em outras seleções também. Mas um país pentacampeão do mundo tem treinadores que poderiam ocupar. Foi mais antigo que não servia, vieram os mais novos. Os mais novos não serviam, vieram os estrangeiros. Como treinador, pauto para fortalecer a minha categoria. Com atualização, informação, conhecimento, isso não nos falta. Não devemos nada para treinadores de outro países”, finalizou.