RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – A Polícia Civil de São Paulo prendeu, na manhã deste sábado (29), o condutor da charrete que atropelou a ciclista Thalita Danielle Hoshino na faixa de areia de uma praia de Itanhaém, litoral de São Paulo, no domingo (23). Ela morreu após dois dias de internação.
Rudney Gomes Rodrigues, 31, foi detido em sua residência, em Praia Grande (SP), e o caso é tratado como homicídio. Thalita foi atingida enquanto pedalava pela faixa de areia.
A defesa de Rudney reiterou que ele estava passeando em sua charrete pelas ruas do bairro, acompanhado pela família. Por causa da inexistência de uma orla apropriada para o tráfego, ele optou por fazê-lo pela faixa de areia até a próxima saída.
“Ressaltamos que, em nenhum momento, o autor participava de qualquer tipo de disputa ou ‘racha’, tratando-se apenas de um passeio familiar. Infelizmente, durante esse trajeto, ocorreu a colisão com uma ciclista. (…)”, disse o advogado Francisco Silveira Filho.
Por meio de nota, a SSP (Secretaria de Segurança Pública) disse que o inquérito policial foi instaurado pela Delegacia de Investigações Gerais de Itanhaém. São analisadas imagens e testemunhas estão sendo ouvidas a fim de identificar os envolvidos e esclarecer todas as circunstâncias.
No momento do acidente, Rudney alegou à polícia que não percebeu a aproximação da vítima e afirmou ter atingido Thalita enquanto ela cruzava na frente do veículo. A versão dele foi contestada pela fisioterapeuta Gabriela Ferreira Neves de Andrade, que estava com Thalita na praia, e testemunhou o ocorrido.
Gabriela e a família de Thalita afirmam que as charretes apostavam corrida no momento em que a ciclista foi atingida por uma delas.
“Passaram os dois carros, depois uma charrete com o cavalo, que era bem grande até, e aí a segunda, que foi quando eu ouvi o barulho. A Thalita caiu no chão e fizemos o socorro. Eu acredito que era uma corrida porque eles estavam em uma velocidade muito alta, até mesmo os cavalos. Os moradores disseram que é comum ter esse tipo de corrida ali, mas que é proibido”, contou Gabriela à Folha.