O ex-presidente da República, Jair Bolsonaro (PL) subiu o tom neste domingo (23/07) contra a reforma tributária, aprovada na Câmara dos Deputados e que será tramitada no Senado Federal a partir de agosto. O liberal segue os caminhos do governador Ronaldo Caiado (União Brasil) como um dos principais antagonistas ao texto.
Para Bolsonaro, há inúmeros “pontos obscuros” dentro da Reforma Tributária. A posição o distancia gradativamente do governador de São Paulo, Tarcisio de Freitas, que apoia o texto e o aproxima de Caiado. O ex-presidente da República destaca que a matéria pode ser a porta para o que chama de ‘comunismo’ no Brasil, narrativa repetidamente usada pelo político.
“A Reforma Tributária permite ainda ao Presidente (aquele que tem orgulho em ser chamado de comunista) sobretaxar tudo aquilo que ele julgue ser prejudicial à saúde ou ao planeta”, pontua. E a partir daí, dá exemplos: “Sobretaxar importantes insumos do setor agrícola deixando os alimentos mais caros. Ou aumentar o custo dos transportes, majorando o preço final dos combustíveis”, destaca.
Como consequência apresenta alguns cenários. “Essa sobretaxa, sem passar pelo Congresso, poderá ser tanto maior quanto assim julgar, ou necessitar, o governo. -Inflação, desemprego e desabastecimento desajustariam a economia, abrindo-se as portas para o sonhado comunismo”, ponderou. (Walison Veríssimo)