Da Redação

A mais recente adaptação de Branca de Neve, lançada na última semana, não conseguiu alcançar as expectativas financeiras da Disney e já levanta preocupações dentro do estúdio. De acordo com o Box Office Mojo, que monitora o desempenho de filmes nas bilheteiras, a produção arrecadou até o momento US$ 87,3 milhões globalmente. Esse valor está bem abaixo do investimento de US$ 270 milhões feito pela empresa, que esperava ultrapassar os US$ 100 milhões nos primeiros dias de exibição.

O desempenho internacional do longa também tem sido motivo de apreensão, principalmente em mercados importantes como a China. No país asiático, Branca de Neve teve uma recepção morna e sequer entrou no top 5 do fim de semana, arrecadando menos de US$ 1 milhão nos primeiros três dias de exibição.

Além da baixa arrecadação, a recepção crítica também não tem sido das melhores. No Rotten Tomatoes, plataforma que compila avaliações de críticos e do público, o filme conta com apenas 42% de aprovação da crítica especializada, com base em 210 resenhas. Já a nota dos espectadores é mais generosa, atingindo 74% com mais de 1.000 avaliações.

Reflexos dentro do estúdio

O fraco desempenho de Branca de Neve e de outros recentes lançamentos, como Mufasa (2024), teria levado a Disney a repensar sua estratégia para os remakes em live-action. Rumores indicam que projetos em andamento, como uma possível adaptação de Pocahontas, podem ter sido engavetados por receio de não alcançarem os resultados esperados.

Agora, a aposta do estúdio está no próximo remake da lista: Lilo & Stitch, previsto para estrear no Brasil no dia 22 de maio.

Controvérsias antes do lançamento

A recepção de Branca de Neve já era cercada de polêmicas antes mesmo de chegar aos cinemas, o que pode ter impactado sua performance. A escolha de Rachel Zegler para interpretar a protagonista gerou debates nas redes sociais, especialmente por conta da comparação com Gal Gadot, escalada para viver a Rainha Má. Muitos fãs argumentaram que Gadot, conhecida por seu papel como Mulher-Maravilha, seria “mais bela” do que a atriz escolhida para Branca de Neve.

Além disso, Zegler, que tem ascendência colombiana, foi alvo de ataques racistas, enquanto Gadot, que é israelense e apoia publicamente o governo Netanyahu, também enfrentou críticas por seu posicionamento político.

Outro fator que gerou controvérsia foi a decisão da Disney de remover a parte “e os Sete Anões” do título, substituindo os personagens por versões criadas digitalmente em CGI. Essa escolha foi duramente criticada pelo ator Peter Dinklage, famoso por Game of Thrones, que argumentou que a mudança não foi feita de maneira respeitosa.

Diante desses desafios, a Disney agora precisa avaliar se a estratégia de remakes continua sendo uma aposta segura ou se é hora de buscar novas abordagens para suas clássicas histórias.