Pelo oitavo ano seguido, a Finlândia foi reconhecida como o país mais feliz do mundo, de acordo com o Relatório Mundial da Felicidade 2025, divulgado pela ONU. O estudo, que avalia fatores como renda, expectativa de vida, apoio social e liberdade, reforçou o domínio das nações nórdicas no topo da lista, com Dinamarca e Islândia ocupando o segundo e terceiro lugares.

O levantamento também trouxe boas notícias para o Brasil, que avançou oito posições e agora ocupa o 36º lugar, sendo o segundo país sul-americano mais bem classificado, atrás apenas do Uruguai. Além disso, duas nações da América Latina surpreenderam ao entrarem no grupo dos dez mais felizes do mundo: Costa Rica e México.

O impacto da socialização na felicidade

Uma das descobertas mais interessantes do relatório foi a influência da interação social na sensação de bem-estar. O estudo apontou que compartilhar refeições regularmente está diretamente ligado a uma percepção mais positiva da vida. Esse fator pode ter contribuído para a queda dos Estados Unidos no ranking, que agora ocupa a 24ª posição — sua pior colocação desde 2012. Segundo os dados, o número de americanos que jantam sozinhos aumentou 53% nos últimos 20 anos.

Outro ponto levantado foi a relação entre o tamanho dos lares e a felicidade. Em países como México e algumas regiões da Europa, famílias maiores — com quatro ou cinco integrantes — relataram maior satisfação com a vida.

Os mais e os menos felizes do mundo

Entre os 20 países mais felizes do mundo em 2025, a lista inclui, além dos nórdicos, nações europeias como Holanda, Suíça e Irlanda, além de Austrália, Nova Zelândia e Canadá. Já no extremo oposto, o Afeganistão segue sendo o país com os menores índices de felicidade, refletindo sua grave crise humanitária e instabilidade política desde a retomada do poder pelo Talibã em 2020.

Um retrato global do bem-estar

O relatório da ONU busca oferecer uma visão ampla sobre a qualidade de vida ao redor do mundo, fornecendo subsídios para a criação de políticas públicas voltadas ao bem-estar da população. A edição deste ano trouxe novos elementos para a análise, como hábitos alimentares e convivência social, ressaltando que a felicidade não depende apenas de fatores econômicos, mas também da forma como as pessoas interagem e constroem suas relações.