SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O IPÊ (Instituto de Pesquisas Ecológicas) vai investir R$ 5 milhões em projetos de base comunitária que atuam em áreas protegidas da Amazônia. O edital lançado nesta segunda-feira (17) busca ampliar o protagonismo feminino em associações e cooperativas que representam povos indígenas, comunidades quilombolas e extrativistas.
Em torno de 30 projetos serão selecionados pelo edital e cada um deles pode receber investimento de R$ 150 mil do Fundo Lira (Legado Integrado da Região Amazônica), braço de conservação ambiental do instituto focado na região. Os recursos são provenientes da Fundação Gordon e Betty Moore e do Fundo Amazônia.
O Lira busca iniciativas que fortalecem as economias da sociobiodiversidade, a governança inclusiva e a gestão territorial, alinhadas a planos de manejo e gestão de unidades de conservação (UCs), terras indígenas (TIs) e territórios quilombolas.
As propostas podem abranger áreas como produção sustentável, proteção territorial, estruturação de negócios comunitários e gestão do conhecimento.
Além do financiamento, os projetos selecionados contarão com assessoria técnica em administração, finanças, jurídico e comunicação, além de participar de eventos de intercâmbio e capacitações promovidas pelo instituto.
As inscrições para manifestação de interesse podem ser feitas até 13 de abril no site lira.ipe.org.br/editais, onde o edital é disponibilizado em texto, áudio e vídeo.
As organizações habilitadas participarão de encontros técnicos promovidos pelo Lira, com suporte para elaboração das propostas. O prazo para envio dos projetos finalizados é 25 de maio e os selecionados serão anunciados em 10 de junho.
Esta é a terceira edição do edital, que beneficiou 41 organizações locais em 2021 e em 2022 com R$ 6 milhões. Desde 2019, o Lira contribuiu para a conservação de 58 milhões de hectares em 59 áreas protegidas da Amazônia.