O presidente da Associação Goiana dos Municípios (AGM) e prefeito de Hidrolândia, José Délio Júnior (União Brasil), tem se consolidado como uma das principais vozes do municipalismo goiano. Em um momento de grande preocupação com a sustentabilidade financeira das cidades, ele tem liderado o debate sobre os impactos da ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda para até R$ 5 mil, medida que pode gerar perdas de mais de R$ 2 bilhões aos municípios goianos em 2025.

De acordo com José Délio, embora a isenção beneficie diretamente a população ao aumentar a renda disponível, a decisão compromete os cofres municipais. O motivo é que parte significativa do Imposto de Renda compõe o Fundo de Participação dos Municípios (FPM) e também incide sobre a folha de pagamento dos servidores municipais.

“O governo federal precisa reconhecer que os municípios são a linha de frente dos serviços públicos. Esse dinheiro que está sendo retirado poderia estar garantindo o funcionamento de creches, unidades de saúde, transporte escolar e outros serviços essenciais”, enfatizou José Délio.

A previsão é que a medida cause uma perda total de quase R$ 11 bilhões para os municípios brasileiros, com mais de R$ 2 bilhões apenas em Goiás. Para mitigar o prejuízo, José Délio tem articulado junto a outras entidades municipalistas para cobrar do governo federal a adoção de medidas compensatórias.

“Os prefeitos não são contra o aumento da isenção, mas também não podem arcar sozinhos com essa conta. Precisamos de uma contrapartida da União para evitar um colapso financeiro nos municípios”, defendeu.